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Paranaenses dão tom em concurso

Simone Mattos - Folha do Paraná
16 ago 2001 às 09:08

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Duas paranaenses estão entre os 32 finalistas do 2º Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão, que premiará seis vozes, sendo três femininas e três masculinas. Diana Daniel e Marília Vargas da Costa participarão da seleção, que será feita por um júri internacional composto por sete profissionais renomados, a partir de terça-feira, no Teatro Maria Sylvia Nunes, em Belém (PA). O resultado será divulgado no próximo domingo.
Estão participando do concurso candidatos de vários Estados brasileiros, Argentina, Rússia, Bélgica, Holanda, Suíça, Estados Unidos e Romênia. Os primeiros colocados irão receber prêmios em dinheiro, direito a gravação de CDs e troféus.
A curitibana Diana Daniel, hoje com 15 anos, começou a estudar violino com três anos de idade e aos quatro fez seu primeiro recital solo, no Teatro do Paiol. Um de seus feitos mais recentes foi a conquista de duas medalhas de ouro e uma de prata no Campeonato Mundial de Artes, em Los Angeles (EUA), em que competiu com mais de mil pessoas de 33
países.
Em janeiro deste ano, Diana participou na Itália da festa que encerrou o Jubileu Papal. Na ocasião, a curitibana cantou e tocou violino para um público de 20 mil pessoas, no Vaticano. Há poucos meses, outra conquista internacional: Diana se apresentou em Istambul (Turquia), como convidada da organização do concurso internacional Miss Globo.
Apesar de estar acostumada aos palcos desde criança, sua carreira deslanchou há menos de dois anos, quando foi aprovada num concurso para jovens solistas promovido pela Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Como prêmio, ela se apresentou cantando junto à orquestra.
Ao lado de Diana, na disputa do concurso Bidu Sayão, estará a soprano paranaense Marília Vargas da Costa, que já integrou o Madrigal Vocale e o Coro Lírico do Teatro Guaíra. Atualmente, a soprano reside na cidade suíça de Basel.
Realizado com o patrocínio do Governo do Estado do Pará, através da Secretaria Executiva da Cultura, o concurso Bidu Sayão tem o objetivo de revelar novos talentos do canto erudito e se tornar referência de qualidade no Brasil.
O nome é uma homenagem à cantora brasileira Bidu Sayão, que trabalhou na difusão dos talentos nacionais. Ela é considerada a melhor cantora lírica brasileira de todos os tempos. A brasileira foi uma das mais respeitadas artistas do Metropolitan Opera House de Nova York, que tem em seu hall de entrada um quadro em sua homenagem.
Ao longo de sua carreira, que durou 38 anos, Bidu conviveu e trabalhou com personalidades artísticas desse século, como o maestro Arturo Toscani, Maria Callas e Carmem Miranda, além de ter sido a parceira favorita de Villa-Lobos.
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