Os projetos Leia Maripá e Livro falado - uma questão de cidadania, que funciona na Capital, Curitiba, estão entre os 15 projetos finalistas do Prêmio Vivaleitura e poderão ganhar R$ 25 mil em dinheiro cada um. A premiação é uma iniciativa conjunta do Ministério da Educação (MEC), Ministério da Cultura (MinC) e Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) e integra o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL).
Leia, Maripá! - A biblioteca pública para crianças, na cidade paranaense de Maripá, foi inaugurada em 1997, atendia cerca de 10 pessoas por dia, em quatro horas de funcionamento. Há sete anos, foi iniciado um projeto piloto que previa uma série de atividades que envolvessem de alguma forma o prazer da leitura.
A decisão mais importante foi a ampliação do horário de funcionamento juntamente com o início da diversificação das atividades. O crescimento dos usuários proporcionou a difusão da nova programação.
Leia mais:
Stray Kids, grupo fenômeno do k-pop, anuncia show extra em São Paulo; veja como comprar
1º Festival Internacional de Inovação acontece em dezembro em Londrina
Réveillon do Rio terá Caetano Veloso, Ivete Sangalo, Maria Bethânia e Anitta
Eduardo Paes sugere show de Lady Gaga no Rio de Janeiro para 2025
O Leia Maripá hoje conta com seis atividades. São elas: Hora do Conto, Passaporte do Leitor, Filme na Biblioteca, Quero Ler Mais, Poemagia e Ler é Viver. Todas buscam envolver os moradores, principalmente jovens e crianças para o hábito de leitura.
Maripá está entre os municípios com os menores índices de analfabetismo no Brasil, e manter e melhorar a educação e a cultura da população é o principal objetivo do projeto.
Atualmente, a biblioteca atende em média 50 pessoas por dia e tem em torno de 1.250 moradores cadastrados.
Os dirigentes da biblioteca, agora, andam as voltas para a criação de novos projetos voltados a trabalhadores e à terceira idade, envolvendo ecologia e turismo.
Narração de livros para deficientes visuais - A descoberta da solidariedade a partir da tomada de consciência das diversas carências humanas. Foi o que aconteceu com os 46 alunos da 7º série de 2007 da escola particular Palmares, em Curitiba, Paraná.
A partir de uma série de reflexões feitas em sala de aula junto com a professora, eles foram para a ação. Instigados pela mestra, foram visitar a biblioteca pública do Paraná para conhecer o acervo público de livro falado, visitado no ano anterior.
O responsável pelo setor, um deficiente visual, contou os meandros de produção deste acervo e suas principais carências. A artificialidade das narrações feitas por meio do computador, com voz sintetizada e a falta de voluntários para a gravação da leitura das obras, sensibilizou os alunos.
"Meus alunos ficaram impressionados com a frieza dessa voz e pediram para ouvir um livro que tivesse sido gravado por voz humana", afirma Vanessa Lopes Ribeiro, a professora de Português da turma, que havia iniciado um trabalho de gravações de livros com os estudantes da mesma série em 2006.
Eles estavam ávidos para saber se poderiam dar continuidade ao trabalho iniciado no ano passado. A surpresa foi quando o responsável pela seção de braille disse: "Vocês topam fazer gravações para nós?" A resposta positiva veio em coro e imediatamente.
O trabalho foi iniciado com ênfase em livros infanto-juvenis, os mais requisitados pelas bibliotecas do interior do Estado. Cada aluno escolheu dois livros, um para ser gravado na escola e outro em casa. Com isso, o número de livros falados do acervo da seção de braille da Biblioteca Pública do Paraná teve um incremento considerável.
Os alunos da 7ª série ganharam um incentivo para o aprimoramento da leitura com uma preocupação maior com o ritmo e a entonação. "Concluir o trabalho e ir até a seção para a entrega dos CDs com livros gravados com a voz dos alunos foi uma emoção muito grande", conta a mestra Vanessa.