O governador Roberto Requião assinou nesta quarta-feira decreto que muda o nome do NovoMuseu para Museu Oscar Niemeyer.
Segundo assessores, a mudança é uma decisão pessoal de Requião. O Palácio Iguaçu não informou, até agora, se o arquiteto foi consultado sobre a mudança.
Por meio da assessoria de imprensa, Requião diz que a mudança "é uma homenagem justa ao arquiteto e sua coerência política, pois Niemeyer é um homem que sempre teve uma profunda vinculação aos interesses nacionais e populares".
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O polêmico NovoMuseu, agora Museu Oscar Niemeyer, foi construído em 2002, último ano do governo Jaime Lerner, adversário político de Requião. A obra custou R$ 50 milhões.
O complexo é formado pelo reformado Edifício Castello Branco, projetado na década de 1960 por Niemeyer para abrigar o Instituto Paranaense de Educação, e um anexo, batizado informalmente de "Olho", projetado pelo célebre arquiteto especialmente para a museu.
Lerner decidiu bancar o projeto após a recusa da badalada grife de museus Guggenhein desistir de instalar uma filial em Curitiba. Na época das negociações com o Guggenhein, Lerner já sugerira o Castello Branco para abrigar o museu.
Para que o museu pudesse ser inaugurado ainda no governo Lerner, as empreiteiras responsáveis pela obra trabalharam 24 horas por dia.
Devido ao cronograma apertado, o museu só foi liberado para a montagem das exposições pouco dias antes da da inauguração, que trouxe a Curitiba Niemeyer e o então presidente Fernando Henrique Cardoso. A obra ainda não foi concluída.
O projeto foi alvo de muitas críticas, desde as condições do prédio - próximo ao leito do Rio Belém, ele seria fortemente suscetível à umidade - até a falta de uma proposta consistente para formação e manutenção do acervo.
A troca do nome é a segunda grande alteração determinada por Requião no museu. A primeira foi a mudança das instalações da Secretaria de Cultura para o complexo, ainda não efetuada. Mas a ausência de uma proposta coerente de uso do espaço, ponto fraco do museu desde sua concepção, permanece.