O primeiro dia de desfiles do Carnaval carioca colocou Beija-Flor, Imperatriz Leopoldinense e Vila Isabel entre as favoritas ao título e consagrou uma nova rainha: Mel Brito, que desfilou à frente da Caprichosos de Pilares e jogou no esquecimento uma musa de antigos carnavais, Luma de Oliveira.
Exibindo um corpo que arrebatou fãs e chamou a atenção do craque argentino Diego Maradona, Mel sambou, deu passos de funk e comandou sua escola numa exibição individual memorável na Marquês de Sapucaí.
Grandiosa, e tradicionalmente luxuosa, a Imperatriz Leopoldinense foi a primeira favorita a entrar na Marquês de Sapucaí. Com Luciana Gimenez à frente da bateria, e o ator Murilo Rosa representando Garibaldi, o homenageado do enredo Um por todos, todos por um, a escola entrou na briga pelo 10º título.
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Carros alegóricos e fantasias bem confeccionadas, além de uma bateria que deu espetáculo à parte, foram o ponto alto da apresentação.
A Vila Isabel foi a quinta escola a entrar na avenida, com o enredo Soy loco por ti America - A Vila canta a latinidade. Foi a única agremiação a deixar a avenida sob gritos de ¿é campeã¿.
Sempre competente, e com a torcida mais numerosa no sambódromo, a Beija-Flor cantou Minas Gerais no enredo Poços de Caldas derrama sobre a Terra suas águas milagrosas: do caos inicial à explosão da vida - água, a nave-mãe da existência.
Musas
O Salgueiro, que abriu a noite de desfiles, tem um tabu a superar: nunca, em toda história do Carnaval carioca, a primeira agremiação a desfilar conquistou o título.
Com as musas Carol Castro e Luana Piovani como destaques, a escola teve várias dificuldades com carros alegóricos e andamento de desfile, o que provocou problemas na evolução ¿ e provável perda de pontos.
O enredo Microcosmos - O que os olhos não vêem, o coração sente foi apresentado com inovações, como o uso de tripés, pequenos carros alegóricos que deram colorido e movimentação à apresentação.
Segunda a entrar na avenida, a Acadêmicos da Rocinha também teve problemas com carros defeituosos e, pior, um deles teve um princípio de incêndio. O enredo Felicidade não tem preço também foi prejudicado pela forte chuva.
A madrinha da bateria, Adriane Galisteu, fez o que pôde para manter a empolgação da escola. No final, a agremiação ainda estourou em seis minutos o tempo de desfile, e terá 1,2 ponto descontado da nota final.
A Caprichosos de Pilares consolidou uma mudança de rumo: em vez dos tradicionais enredos irreverentes, foi mais séria para a avenida contar a história do Espírito Santo no enredo Na folia com o Espírito Santo, o Espírito Santo caprichou.
A passagem da escola foi ofuscada pela nova rainha da bateria: Mel Brito, que substituiu Luma de Oliveira, chamou a atenção pelas formas perfeitas e pelo samba no pé. Ela ainda acompanhou os ritmistas com passos de funk. Deixou a passarela ovacionada pelo público.
Forrada de estrelas globais, a Grande Rio, penúltima escola a desfilar, contou a história do Amazonas em Amazonas, o Eldorado é aqui. Além de artistas conhecidos do público, a escola abusou dos tripés (carros alegóricos menores, recurso utilizado por praticamente todas as escolas). O detalhismo das fantasias também chamou a atenção.
Redação Terra