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Vitória merecida

Zé do Caixão é um dos vencedores de edital do MinC

Redação Bonde
14 jan 2006 às 18:06

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O cineasta José Mojica, o Zé do Caixão, tem mais de 40 anos de carreira e é um expoente internacional do cinema de terror (que vistos aos olhos de hoje são pejorativamente classificados como trash), quase sempre feitos com pouco dinheiro e baixa qualidade técnica. Agora ele poderá, pela primeira vez, contar com financiamento público para uma de suas produções.

O filme "A Encarnação do Demônio", que segundo o cineasta trará o desfecho da história do personagem Zé do Caixão, foi um dos cinco selecionados no primeiro edital para longas-metragens de baixo orçamento do Ministério da Cultura. O rei do terror e suspense já está acostumado a fazer cinema sem dinheiro e que vai aproveitar a oportunidade para "pagar bem" toda a equipe do filme, que será filmado no centro da cidade de São Paulo, segundo informações da Agência Brasil.

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Os filmes trash ou filmes B são apenas um entre vários gêneros de filmes feitos com pouco dinheiro ou baixo orçamento. Os cineastas que quiserem concorrer ao edital de 2006 podem ser inscrever até 4 de março, quando mais cinco filmes vão ser selecionados.

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Cada um pode receber até R$ 1 milhão. O secretário do Audiovisual, Orlando Senna, explica que "todos os projetos que queiram receber incentivo passam por uma comissão julgadora e só recebem o dinheiro se forem aprovados".


O ministro da Cultura, Gilberto Gil, em entrevista à Radiobrás nesta semana ressaltou que todas as áreas estão recebendo financiamentos públicos, desde os pequenos aos grandes filmes. "Todos os grandes filmes brasileiros – Carandiru, Cidade de Deus, Deus é Brasileiro – quem você quiser, desses últimos filmes brasileiros, tiveram financiamento público através de leis de incentivo", disse.

"Temos utilizado recursos, que até então não eram utilizados, para fomentar outra áreas, para incentivar e alavancar áreas de documentários, baixo orçamento, realizadores novos, estamos conseguindo fazer as duas coisas", explicou Gil. "Uma coisa não está tirando recurso da outra. Os recursos para Rio e São Paulo, nos últimos anos, cresceram. E ainda assim conseguimos aumentar no Espírito Santo, no Norte, que não tinha nenhum recurso, e ainda assim fazer crescer o bolo nas grandes cidades. Não temos o sentimento do não atendimento", destacou.


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