Relatório divulgado nesta quarta-feira (22) pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) afirma que aparelhos tipo TV Box não homologados pela agência podem conter softwares instalados (malwares) capazes de capturar dados dos usuários.
Esse tipo de equipamento oferece transformar televisões tradicionais em smart. Isso significa que TVs antigas, por exemplo, ficam habilitadas para baixar aplicativos como Netflix e YouTube, além de acompanhar canais comuns sem precisar de uma antena, por meio de apps de IPTV. TV Boxes podem ser legais (quando autorizadas pela agência) ou ilegais.
Para fazer os testes, foram usados produtos não homologados adquiridos em centros de comércio popular e na internet. A agência identificou um malware nos equipamentos –nome dado a um software malicioso– que permite a agentes externos capturar informações de usuários conectados na mesma rede, como dados financeiros e fotos.
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Os agentes também conseguiram, por meio do software, operar remotamente os aplicativos instalados na televisão. "Além de violar conteúdo protegido por direitos autorais, [TV Boxes não homologados] também contêm vulnerabilidades que comprometem a segurança e proteção dos dados do usuário", concluiu a Anatel no relatório.
Em nota, a agência diz que nos últimos dois anos, 3,8 milhões de produtos não autorizados foram retirados do mercado –desses, 1,1 milhão eram TV Boxes.