As estimativas da Federação Internacional de Futebol (Fifa) são de que 30 bilhões de pessoas devem acompanhar pela TV a primeira Copa realizada no Continente Africano. O número, um recorde histórico da competição, considera a soma da previsão de audiência de todos os 64 jogos deste Mundial. Na última Copa, na Alemanha, em 2006, 26,3 bilhões de espectadores assistiram aos jogos, em 214 países.
Para a transmissão das partidas, profissionais de mídia de todo mundo estão na África do Sul. Em Joanesburgo, uma megaestrutura foi montada ao lado do Estádio Soccer City para os 16 mil jornalistas, radialistas e técnicos credenciados para a Copa do Mundo.
Do lado de fora do Centro de Transmissão Internacional (IBC, na sigla em inglês), centenas de antenas parabólicas estão apontadas para satélites estrategicamente posicionados para a transmissão ao vivo dos jogos e de outros eventos que ocorrem na África do Sul.
O repórter Khandaker Monzurul, por exemplo, veio de Bangladesh, que nunca participou de uma Copa do Mundo. Ele diz, entretanto, que empresas de seu país enviaram cerca de 300 pessoas para trabalhar na cobertura do evento. "Nosso país está parado por causa do Mundial", disse. "Lá, todos estão divididos entre o Brasil e a Argentina", completou.
O técnico em transmissão via satélite Paulo Miguel da Silva, de uma emissora de TV portuguesa, disse que a seleção de seu país é apontada como candidata ao título na África do Sul. Por isso, segundo ele, três dos quatro maiores canais de televisão do país estão transmitindo os jogos da Copa. "Em Portugal, a Copa é tão importante quanto no Brasil. O problema é que só vocês [os brasileiros] ganham", disse sorrindo.