Alguns dos jogadores da França podem não querer enfrentar a África do Sul em sua última partida pelo Grupo A na terça-feira após o atrito causado pelo corte do atacante Nicolas Anelka, disse o acuado técnico Raymond Domenech.
Domenech disse em coletiva de imprensa nesta segunda-feira que apoia a decisão da Federação Francesa de Futebol (FFF) de expulsar Anelka da seleção depois que o jogador o insultou no intervalo da derrota de 2 x 0 para o México, e atacou a "imbecilidade" da equipe por boicotar o treino de domingo.
"É uma possibilidade" que alguns jogadores possam não jogar contra os anfitriões, disse Domenech, que enfrentou uma verdadeira rebelião nas últimas 48 horas. "Vamos ter que levar isso em conta quando eu escalar o time com minha comissão", disse o treinador de 58 anos em uma coletiva de imprensa lotada.
Um desses jogadores pode ser o capitão Patrice Evra, que não participou da coletiva pré-jogo a que normalmente comparecem técnico e capitão. Isso pode ser um sinal de que Evra, que liderou o protesto dos jogadores contra a FFF, pode não atuar na terça-feira.
"A punição foi totalmente justificada e eu apoio inteiramente a decisão da federação", afirmou Domenech nesta segunda-feira. "Ninguém pode se permitir tal comportamento".
PALAVRAS DURAS
Domenech usou palavras duras para criticar a decisão dos jogadores de não treinar no domingo: "Foi uma aberração, uma imbecilidade, uma estupidez sem nome", disse.
O técnico exortou seus jogadores, que enfrentam o repúdio e o desprezo dos torcedores e da mídia por envergonhar o esporte e o país, a mostrar orgulho contra a África do Sul.
"A reputação da seleção francesa está em jogo na próxima partida", declarou ele, parecendo combativo, mas não furioso.
"A imagem que vamos deixar depende muito do que acontecer amanhã (terça-feira).