Nesta terça-feira foi iniciada a contagem regressiva de exatos dois anos para a Copa do Mundo de 2014, que começará no dia 12 de junho daquele ano no Itaquerão, futuro estádio do Corinthians. E, em meio a este clima de expectativa e preparação do Brasil para sediar a competição, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, exaltou as Eliminatórias em todo o mundo.
Em entrevista ao site oficial da entidade que controla o futebol mundial, publicada nesta terça, o dirigente exaltou o grande número de gols marcados nos confrontos já disputados até agora nos qualificatórios. O assunto foi abordado pela entidade depois de o cartola ter feito, no início deste mês, a primeira visita ao Brasil desde a polêmica declaração de que o País deveria receber um "chute no traseiro" para acabar com os atrasos e acelerar a preparação para a Copa do Mundo de 2014.
Na época, o termo empregado por Valcke causou revolta no governo brasileiro, sendo que o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, chegou a dizer que não trataria mais de assuntos do Mundial com o cartola francês e, na ocasião, cobrou o seu afastamento pela Fifa.
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"Foram mais de 950 gols foram marcados nos 304 jogos das Eliminatórias até agora, o que dá uma média acima de três por jogo. É ótimo falar do que está acontecendo em campo, e não apenas sobre os preparativos do país-sede, que também estão avançando", afirmou Valcke, que passou a adotar um discurso mais comedido ao comentar os atrasos do Brasil em sua preparação para o Mundial.
O secretário-geral da Fifa, por sinal, comemorou o fato de o Taiti ter conquistado, no último domingo, a Copa das Nações da Oceania e garantido classificação para a Copa das Confederações de 2013, que será realizada no Brasil e é o principal torneio da Fifa antes do Mundial de 2014.
"Foi ótimo ver o Taiti se classificar para a Copa das Confederações, o que significa que haverá uma cara nova no torneio no Brasil no próximo ano. Apenas Nova Zelândia e Austrália, esta última até se afiliar à AFC (Confederação Asiática de Futebol), haviam anteriormente representado a Oceania no festival dos campeões (Copa das Confederações). Então isso destaca o notável progresso que está sendo atingido pelas assim chamadas ''nações menores'', além do sucesso do trabalho de formação feito por cada federação afiliada e pela Fifa no mundo todo", analisou Valcke.
Já ao falar das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2014, Valcke destacou que o fato de o Brasil não precisar jogar o qualificatório por ser país-sede abre espaço para a América do Sul ganhar ainda mais representatividade no Mundial.
"De um modo geral, os jogos estão prometendo uma conclusão muito interessante para a campanha das Eliminatórias Sul-Americanas. É um grande aperitivo e uma propaganda para o que está por vir em 2014. Sem o Brasil nas Eliminatórias, a chance é boa para outra seleção sul-americana ganhar um lugar na Copa do Mundo. Já dá realmente para sentir a expectativa cada vez maior, especialmente entre as seleções sul-americanas, que querem muito participar da primeira Copa do Mundo no continente desde 1978. Cada seleção parece estar com muita vontade de mostrar a força do continente sul-americano no cenário mundial do futebol", completou, lembrando que a Argentina foi a última nação da América do Sul a sediar uma Copa, há 34 anos.