O meia Valdivia voltou a ser notícia por causa de fatores extracampo nesta semana. O jogador está em meio a uma polêmica por conta da divulgação de fotos que o flagravam com outra mulher, que não sua esposa. O fato aconteceu em fevereiro e, desde então, ele estaria tentando impedir que estas imagens vazassem. Assim, o atleta admitiu que teve seu desempenho prejudicado ao longo deste período, justamente por não conseguir se concentrar apenas no Palmeiras.
"Vou tentar corresponder dentro de campo e esquecer o que passou. Eu estava tentando esquecer, queria, mas não sou o ''Super-Homem''. Não posso falar que jogava e voltava para casa numa boa. Mas posso falar que sempre quando entrei em campo queria corresponder à confiança que o Palmeiras me dá", declarou, nesta quinta-feira, em entrevista coletiva na Academia de Futebol.
De acordo com o jogador, no entanto, a divulgação das fotos na última quarta-feira não surpreendeu a ninguém no clube. Ele afirmou que já havia revelado o problema aos dirigentes e ao técnico Luiz Felipe Scolari, que o apoiaram durante o período. "Quero agradecer ao Palmeiras pelo apoio, pela confiança que me passaram. Eles sabiam de tudo isso que estava acontecendo, das fotos. Todos sabiam pelo que eu estava passando e queria muito agradecer ao Palmeiras pelo apoio, até pela liberdade que deram para eu falar com o advogado do clube para buscar ajuda. No jogo passado (diante do Figueirense, sábado, no Canindé) fui capitão, o que mostra que realmente querem transmitir esse apoio para todo mundo", afirmou.
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Ter sido escolhido como capitão demonstrou também o apoio de Felipão. O jogador e o treinador tiveram alguns problemas de relacionamento, admitidos por ambos, no ano passado e no começo desta temporada, mas isto parece ter sido superado. O meia chileno afirmou que o comandante palmeirense teve comportamento de "irmão" durante seu problema pessoal.
"O Felipão também sabia de tudo que estava acontecendo comigo. Ele foi um irmão, deu abraço. Me falou que ia apoiar em qualquer circunstância. Por isso agradeci. Esta história de briga com ele é muito antiga, já está vencida. Já disse aqui, é passado. A gente pode não concordar em muitas coisas, mas ele me deu muito apoio. Tanto que me colocou como capitão", apontou.
Com o apoio do clube, Valdivia garantiu que não pensar em deixá-lo em 2012. "Se eu saísse do Palmeiras agora, iria contra meus princípios. Já tive oportunidade de sair. Meu pensamento agora não é chegar em dezembro e conseguir uma equipe, uma oportunidade fora, para sair. Meu pensamento é jogar. Acho que a partir de agora, que essa história acabou, posso melhorar um pouco. Não vou embora do Palmeiras, a não ser que peçam para eu sair", garantiu.
Ainda na última quarta-feira, após o vazamento das fotos que tornaram pública o ato cometido por Valdivia fora de campo, houve troca de acusações entre o jogador, que afirmou ter sido extorquido, e o fotógrafo, que garantiu que o atleta ameaçou sua família, além de não ter pago o preço combinado pelas imagens. Nesta quinta, o meia deu sua versão da história.
"Estamos falando de caso de polícia, de extorsão. Vou provar isso, tenho como. A vítima não é ele e não tem ameaça. É invasão de privacidade. Meu advogado está aí, claramente é extorsão. Em momento nenhum ofereci R$ 20 mil como ele disse, ele que pediu", disse o jogador, que ainda negou ter ameaçado o fotógrafo ou sua família.
"Ele chegou a vender as fotos para uma emissora de TV, que não publicou (exibiu as imagens). Ele mandou de graça, no e-mail de outras pessoas, então você vê que ele queria me complicar. Complicar minha vida, que já estava complicada no matrimônio. Ele não queria só dinheiro. Mas, como viu que ninguém estava dando a moral que queria, foi para o Rio de Janeiro e vendeu para outro jornal. Ele conseguiu fazer o dano. Eu não ameacei ninguém, não sou de fazer isso. Sou chileno, não tenho muitas amizades no Brasil, então a última coisa que eu faria seria ameaçar os filhos de alguém. Venho todo dia trabalhar aqui pelos meus filhos, então jamais faria isso para ninguém", concluiu.