O Corinthians, pelo menos por enquanto, está impedido de receber as parcelas mensais de patrocínio da Caixa Econômica Federal. O advogado Antonio Beiriz, desconfiado dos valores e de como o contrato de publicidade foi firmado, entrou com uma ação na justiça e conseguiu uma liminar que impede qualquer repasse de dinheiro ao clube.
O acordo, firmado no final do ano passado, prevê um montante de R$ 30 milhões anuais. A parceria com a empresa estatal vale até o fim de 2014.
- Desde que este patrocínio saiu na imprensa, eu entrei com uma ação para ter as informações. A Caixa nunca me tirou estas dúvidas. Isso me autoriza entrar na justiça. O juiz pediu as informações para a Caixa e também não deram. Vieram apenas explicações de que faz parte de uma estratégia de publicidade. Com isso, o juiz deu um prazo e hoje saiu a liminar. Se colocar na camisa não acrescenta em nada. A Caixa não será mais conhecida por isso - explicou, em entrevista à Rádio Globo.
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Questionado se o Corinthians está impedido de estampar a marca em sua camisa, Beiriz explicou que a liminar só impede o pagamento das parcelas.
- O Corinthians pode usar o logotipo. O juiz não proibi isso, ele proibi apenas a remuneração. A Caixa, por hora, está proibida de fazer pagamentos por está publicidade até o final da ação - afirmou o advogado, que desconhecia os acordos do banco com outros clubes brasileiros, como o Atlético-PR.
E esta ação na justiça pode durar um bom tempo sem o Timão receber. Para isso, o clube ou a própria Caixa podem entrar com um pedido na justiça para caçar a liminar. Se isso não acontecer, o imbróglio pode durar anos.
- Tanto o Corinthians quanto a Caixa podem recorrer contra essa liminar. Se o Tribunal caçar, continua os pagamentos. Mesmo assim o Corinthians pode manter a marca, mas sem receber. Isso deve vai ficar uns dois anos correndo na justiça.
Questionado sobre o clube do coração, o advogado respondeu que "era o Grêmio". Na sequência, Antônio foi perguntado sobre o Banrisul, banco estatal do Rio Grande do Sul que patrocina o clube do coração. - É, nesse a Barisul é uma sociedade anônima, embora tenha participação do Estado. Eu poderia entrar também... - conclui.
Procurados pela reportagem do LANCE!Net, Corinthians e Caixa dizem desconhecer de qualquer ação sobre este assunto na torcida. Nenhum deles ainda foi notificado sobre a liminar.