O América-MG encerrou o silêncio nesta terça-feira e finalmente se pronunciou, por meio de nota oficial, a respeito do contrato entre Atlético-MG e o consórcio vencedor da licitação para administrar o Estádio Independência. No texto, assinado pelo Conselho de Administração do América, o clube alviverde afirma estar vigilante com relação à postura do Governo de Minas Gerais.
Na nota, o América-MG reforça que é o proprietário do Estádio Independência e que cedeu para o Estado de Minas Gerais "o uso, não a propriedade" do mesmo pelo prazo de vinte anos. "Tal cessão foi efetivada para que o Estado pudesse utilizar recursos públicos na reforma e modernização" do estádio, reforça o clube.
O Governo de Minas Gerais repassou a operação do estádio ao Consórcio Arena Independência, formado pelas empresas Ingresso Fácil e BWA, que venceu a licitação aberta no ano passado. Este consórcio, depois, fechou contrato com o Atlético-MG, que se tornou sócio na operação da arena. O América-MG, porém, considera tal acordo "absolutamente ilegal", conforme afirma na nota. O clube alviverde também critica que o contrato é "sigiloso e confidencial".
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Com relação à reunião realizada na semana passada, envolvendo também Cruzeiro, Atlético, Procuradoria e Advocacia Geral do Estado, o América - que não se pronunciou ao fim daquele encontro - revela que ficou definido que: "O contrato celebrado entre o Atlético e o Consórcio, na forma como feito, é ilegal. Foi dada a oportunidade para que ambos alterassem o contrato, transformando-o em um mero acordo comercial, eliminando as cláusulas de gestão e administração do estádio, o poder de veto do Atlético no tocante as partidas que serão realizadas no estádio e a sociedade em conta de participação".
Na nota, o América ainda afirma que, "ao ceder o uso do Independência para o Governo, assumiu obrigações que foram cumpridas e ressalvou direitos que espera sejam integralmente respeitados".
Entre estes direitos que o América cobra estão: a identidade visual do Independência com cores e símbolo do clube alviverde; preferência do América para escolher vestiário e local da torcida em dias de jogos; duas datas anuais para eventos; além do direito de receber 50% do porcentual mensal da receita bruta que será repassada ao Estado de Minas Gerais pelo consórcio, com garantia mínima anual de R$ 1,2 milhão.