Um dia depois de ter dito que a "tendência" é a de que deixará o cargo de diretor de seleções da CBF, Andrés Sanchez mudou o tom de seu discurso nesta terça-feira e evitou falar sobre a sua situação na função neste momento. O dirigente revelou, inclusive, que pretende estar no papel de representante da entidade, nesta sexta, na entrevista coletiva que reunirá os técnicos de todas as seleções que disputarão a Copa das Confederações de 2013. O sorteio das chaves da competição será realizado neste sábado, em São Paulo.
Na última segunda, após participar da abertura da Soccerex, feira de negócios do futebol, no Rio, Andrés revelou que só faltava conversar com José Maria Marin para selar a sua demissão, mas, ao que parece, ele acabou adiando o encontro que anteriormente disse ter agendado para esta terça com o presidente da CBF.
Mas, embora tenha preferido não confirmar vez se irá ou não seguir no comando da diretoria de seleções da CBF, Andrés reiterou que não concordou com a postura da CBF em relação a Mano Menezes, demitido na última sexta-feira, apenas dois dias depois de ter conquistado o título do Superclássico das Américas, diante da Argentina, em Buenos Aires.
Leia mais:
"Eu concordo com tudo que quiserem fazer, mas tudo tem seu momento, mas acho que naquele momento, da forma como foi feita (a demissão), não devia mudar o treinador. Tem o sorteio (da Copa das Confederações) aí e só estão credenciados o treinador e o diretor de seleções, e já não temos mais o técnico. Vou fazer de tudo para ir", garantiu Andrés, em entrevista para a TV Bandeirantes.
Em seguida, o diretor de seleções da CBF avisou que irá se reunir com Marin "nos próximos dias para acertar os ponteiros" e adotou um tom enigmático ao comentar a sua situação no cargo. "A seleção é muito mais importante que treinador ou diretor, tenho que ter a cabeça no lugar", completou.