O Corinthians decidiu que vai cobrar da Universidad de Chile o prejuízo causado por sua torcida, que depredou parte do Itaquerão, na quarta-feira (5), na vitória do time brasileiro por 2 a 0, em jogo válido pela ida da primeira fase da Copa Sul-Americana. Caso não tenha acordo, a diretoria corintiana estuda acionar a Conmebol. No total, 26 torcedores foram detidos por causa da confusão e mais sete pessoas ficaram feridas, sendo duas delas policiais.
O valor total do prejuízo causado pela torcida será calculado nesta quinta-feira, em vistoria que será feita por funcionários do Corinthians, mas na quarta-feira já foi possível ver diversas cadeiras e grades quebradas. Banheiros e bilheterias também foram depredadas.
A ideia do clube brasileiro é arrumar o local o quanto antes, pois no domingo recebe o Botafogo de Ribeirão Preto pelas quartas de final do Campeonato Paulista, e mandar a conta para que a diretoria da Universidad de Chile pague. Se o clube chileno se recusar, os dirigentes corintianos podem apelar para a Conmebol e pedir punição ao adversário.
Leia mais:
Pablo Maia, do São Paulo, cancela férias para abrir 2025 recuperado
Qual a nova geografia do Brasileirão, com paulistas em peso, recordes e ausências
Palmeiras tem caminhos definidos por futuro de três atletas
Leila quebra protocolo e 'enquadra' elenco em vestiário do Palmeiras
Segundo a PM, foram 26 chilenos presos e outros cinco feridos, que foram encaminhados a um hospital da Zona Leste de São Paulo. Os torcedores foram levados até o 24º Distrito Policial, também na Zona Leste, onde assinaram um termo circunstanciado. Tiveram ainda dois policiais machucados e mais uma funcionária do Corinthians agredida.
"Quando o jogo começou, uma torcida organizada chilena iniciou depredação do estádio e queima de fogos. Eles foram identificados por imagem na sequência e por uma questão de segurança, não era oportuno realizar detenção na arquibancada para evitar um episódio de violência. No intervalo, quando eles foram ao banheiro, um efetivo policial efetuou a detenção de parte destes torcedores, membros da liderança desta torcida. No momento da detenção um grande número de torcedores tentou arrebatar esses detidos, partindo para cima do policiamento tentando arrancá-los da prisão. Foi quando iniciou-se um novo confronto, quando foram presos 21 pessoas", explicou o primeiro tenente Depieri, comandante da operação.
A confusão teve início antes de a bola rolar. Parte dos 1.200 torcedores da Universidad de Chile presente no Itaquerão quebrou as cadeiras da arena e arremessou o objeto em direção à torcida do Corinthians. Eles só foram contidos quando a Polícia Militar se aproximou. No intervalo, a confusão foi ainda maior, pois a briga foi dos chilenos com os PMs, que reagiram de forma ríspida e chegaram a agredir alguns torcedores.
Para tentar acalmar os ânimos, a PM retirou do local onde ficavam os visitantes a maior parte dos chilenos. Dez deles foram levados para a delegacia que fica dentro da arena e centenas deles tiveram de sair do estádio.
"Os torcedores foram retirados com base no Estatuto do Torcedor, por promoverem tumulto. Os demais, que identificamos que tiveram comportamento pacífico e não se envolveram na confusão, foram triados e permaneceram na arquibancada", explicou o primeiro tenente.