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Após atrito com Doria, CBF depende do governo para ter Brasileiro em SP

Folhapress
09 jul 2020 às 15:06
- Unsplash
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A decisão da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) de iniciar o Campeonato Brasileiro em 9 de agosto adiantou a retomada do Campeonato Paulista. Nesta quarta-feira (8), o governador João Doria (PSDB) anunciou que o torneio estadual poderá reiniciar em 22 de julho, com a final prevista para o dia 8 de agosto, mesmo fim de semana do começo do Nacional.

"A CBF tem a previsão de iniciar o Brasileiro, e para isso a Federação Paulista de Futebol [FPF] precisa concluir o Paulista. E isso é uma atividade profissional, não amadora, então existem interesses envolvidos e atividades econômicas relacionadas", disse à reportagem Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 do governo estadual.

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A sobreposição das competições foi tema de uma divergência entre o governador e a CBF. Na segunda (6), Doria disse que os times paulistas não poderiam jogar o Brasileiro sem que o estadual tivesse sido finalizado, o que provocou uma resposta da confederação afirmando que a data de início da sua competição havia sido aprovada inclusive pelos clubes de São Paulo.

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Para que o Campeonato Brasileiro possa ser disputado no estado, porém, um novo debate precisa acontecer e ainda não foi iniciado. "Nós não recebemos nenhuma solicitação relacionada ao Brasileiro. A gente precisaria avaliar, porque aí vêm equipes do país todo para São Paulo", afirmou Menezes.

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De acordo com ele, os 19 membros do centro aprovaram por unanimidade o protocolo da FPF. O documento prevê testes para atletas e demais envolvidos nos jogos a cada 48 horas, o que daria segurança para a realização do torneio mesmo considerando que poderá haver deslocamentos entre cidades em diferentes estágios do combate à pandemia.


"O Centro de Contingência avaliou que não é um risco. O protocolo prevê afastamento imediato de casos positivos. Então, a chance de ter alguém transmitindo o vírus dentro do grupo vai ser baixa. E essas pessoas não vão ter contato com a população local, porque vão entrar no estádio, jogar e ir embora", disse o coordenador.

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Ele admitiu, porém, que, se o estado como um todo regredir nas faixas de flexibilização, a competição poderá ser interrompida: "Não antevejo que essa seja a principal preocupação. Vamos dizer que o estado volte todo para laranja ou vermelho, há o risco de segunda onda, como no mundo inteiro. Se houver, vamos ter que rever e eventualmente até suspender as atividades".


Por enquanto, a volta de público aos estádios, mesmo que parcial, não é cogitada. "Eu diria, de uma perspectiva pessoal, que é algo que provavelmente só vai ocorrer quando estivermos em um outro nível, o nível azul, do 'novo normal', onde a circulação do vírus está controlada. Aí a gente pode discutir como ter torcidas", afirmou o coordenador.

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Menezes também disse que estão sendo tomadas precauções do ponto de vista da segurança pública para evitar aglomerações de torcedores em uma comemoração de vitória ou de título, por exemplo: "Existe o risco de isso ocorrer. Acho que a federação, o Centro de Contingência e o governo foram muito explícitos de que as torcidas devem ficar em casa. A gente espera que essa mensagem seja compreendida".


Sobre a situação do técnico do Palmeiras, Vanderlei Luxemburgo, que tem 68 anos e recebeu diagnóstico positivo após teste para o novo coronavírus no último fim de semana, o coordenador afirmou que pessoas que estão nos grupos de risco devem preferencialmente manter o distanciamento social. Reconheceu, no entanto, que isso é mais difícil em determinados casos.

"Eu tenho mais de 60 anos e saio de casa todo dia, porque preciso, em função dos meus compromissos com a população. Em algumas situações, o isolamento não é possível. Imagino que seja a situação do técnico. Não dá para ele fazer home office na hora do jogo."


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