A construtora WTorre anunciou após o acidente de segunda que as obras na Arena Palestra recomeçariam nesta quarta-feira. A subprefeitura da Lapa, porém, não autorizou a retomada e os trabalhos no estádio do Palmeiras seguem parados. O operário Carlos de Jesus morreu ao ser acertado pela queda de uma das quatro lajes que desabaram no começo desta semana e ainda deixaram outro funcionário, Crispiniano dos Santos, ferido.
Um inquérito foi instaurado pela Polícia Civil para apurar o acidente, e quatro pessoas já foram ouvidas: Crispiniano, mais um operário, uma técnica de segurança e um engenheiro, todos eles da TLMix, empresa terceirizada contratada pela WTorre para realizar a obra no trecho em que houve a queda. Nos próximos dias, mais pessoas envolvidas devem prestar depoimento. Ainda na segunda, a perícia foi ao local e o laudo é parte importante na investigação.
O trecho em que houve a morte, que tem 4800 m² e equivale a 10% do Palestra, foi interditado previamente pela defesa civil e só poderá voltar a ser trabalhado quando for confirmado que há segurança. O restante do estádio estava liberado para continuar a reforma na terça. A WTorre, porém, informou que a obra não voltaria naquele dia, por luto em homenagem ao operário, e as atividades deveriam ser retomadas paulatinamente nesta quarta, o que não aconteceu.
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A construtora ainda deve receber do Ministério Público do Trabalho um pedido de indenização por dano moral coletivo, após o acidente de segunda. O anúncio foi feito em nota divulgada pelo MP nessa terça, em que se pede, também, que a empresa assine um termo de ajustamento de conduta, o qual inclui este valor a ser pago. Caso a WTorre não concorde - ato que ela tem o direito de fazer - o ministério avisou que tomará as medidas cabíveis.
A decisão pelo pedido se deu diante dos autos de infração já recebidos pela construtora, por irregularidades relacioadas à segurança e saúde de seus empregados. O estádio tem 65% de suas obras já completadas.