O árbitro Alexei Matyunin foi inocentado nesta sexta-feira da acusação de racismo feita pelo atacante Hulk. O jogador brasileiro havia dito que tinha sido insultado pelo juiz, em inglês, durante a derrota do Zenit St. Petersburg por 1 a 0 para o Mordovia Saransk, em novembro, num duelo válido pelo Campeonato Russo.
"Um grave conflito pessoal ocorreu" entre Hulk e Matyunin, disse o presidente do Comitê de Ética da União Russa de Futebol, Vladimir Lukin, nesta sexta-feira, mas não há "prova direta" de comportamento racista pelo árbitro.
Matyunin negou a acusação, e não havia outras testemunhas. "Não é possível estabelecer o que exatamente o árbitro da partida disse a Hulk", afirmou Lukin em um comunicado, dizendo que Matyunin, no futuro, deve "manter estritamente o status de um árbitro, não violar os princípios da fair play, e se comportar respeitosamente com os participantes da competição". A Hulk foi dito que os jogadores não devem ter "qualquer discussão" com a arbitragem.
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Anteriormente, Matyunin foi suspenso por um ano em 2011 pela acusação de que usou uma injúria racial quando falava com um jogador da região Norte do Cáucaso da Rússia durante um jogo. Essa decisão foi posteriormente anulada em um recurso.
O caso de Hulk com Matyunin é apenas mais um de racismo no futebol da Rússia. O próprio atacante brasileiro sofreu com torcedores do Spartak Moscou que imitavam sons de macaco para ele, em setembro. A ação levou os torcedores do clube a serem proibidos de acompanhar o jogo seguinte como visitante.
Dois jogadores africanos, Chris Samba, do Dínamo de Moscou, e Guelor Kaku Kanga, do FC Rostov, foram suspensos nesta temporada após realizarem gestos ofensivos para torcedores, em uma resposta a abusos raciais.
Além disso, o CSKA Moscou foi forçado a jogar as três partidas da fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa com portões fechados por comportamentos racistas e violentos dos seus torcedores.