O árbitro Sandro Meira Ricci, que assinalou o pênalti polêmico que o corintiano Ronaldo sofreu - e converteu em gol - na vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, no último sábado, no Pacaembu, revelou nesta segunda-feira que ficará fora das duas próximas rodadas do Campeonato Brasileiro por causa de compromissos pessoais. O juiz do Distrito Federal assegurou ainda que a CBF recebeu de maneira "positiva" a sua arbitragem no duelo de sábado.
A entidade que comanda o futebol brasileiro anunciou que o árbitro, que é funcionário público do Senado Federal, já havia programado anteriormente uma viagem a trabalho para Nova York. Ao comentar sobre a sua ida para os Estados Unidos, Ricci disse nesta segunda-feira que acertou em suas "decisões capitais" na partida entre Corinthians e Cruzeiro.
"Todos os jogos da CBF são observados por profissionais experientes, que avaliam todo trabalho da arbitragem. Nesse jogo não foi diferente e o retorno que eu recebi da comissão (de arbitragem) foi muito positivo. Muito positivo em relação à dificuldade do jogo e houve acerto na tomada de decisões capitais. Isso dá tranquilidade para seguir treinando e preparado para o próximo desafio", afirmou o árbitro, em entrevista para a rádio Bandeirantes.
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Como ficará fora do Brasil até o próximo dia 26, Ricci só poderá apitar novamente no dia 5 de dezembro, data da rodada final do Brasileirão. Nesta segunda, ele disse que só quando voltar ao País é que decidirá se processará ou não o presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella, que chegou a dizer que o juiz havia sido comprado por alguém para beneficiar o Corinthians.
"Eu pretendo não comentar esse assunto. A melhor coisa que eu faço é de fato viajar, ficar um tempo descansando, principalmente a parte psicológica, mental, e deixar que os ânimos se esfriem para que as pessoas reflitam sobre aquilo que foi dito. E depois a gente volta e pensa no que vai ser feito", disse Ricci.
Por causa das declarações polêmicas de Perrella, o procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmitt, afirmou que o presidente do Cruzeiro terá de provar as acusações feitas contra o árbitro e, se não conseguir, poderá receber uma dura punição.