A data estabelecida pela Fifa para que obras sejam iniciadas nos estádios que se credenciaram para receber jogos da Copa do Mundo de 2014 não preocupa a diretoria do Atlético Paranaense. "Cerca de 70% a 80% da Arena já está feito, não tem nenhuma reforma, apenas precisamos acrescentar algo em torno de 20% a 30%", afirmou o presidente do clube, Marcos Malucelli.
Entre as principais obras que ainda faltam estão a construção do segundo anel no setor da Rua Brasílio Itiberê, que aumentaria a capacidade de 28 mil para 41,7 mil espectadores - em agosto do ano passado foi inaugurado o primeiro anel com pouco mais de 3 mil cadeiras, sem fosso e com vidro separando a torcida do campo -, e a criação de pontos de escape. Mas isto depende de desapropriações.
"Precisamos que o poder público faça sua parte", cobrou Malucelli.
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O gestor de Curitiba para a Copa 2014, Luiz Carvalho, disse que a Procuradoria do Município está avaliando se a desapropriação compete ao município ou ao clube. "Ainda não temos claro isso", salientou. "Mas não tenho dúvidas de que a desapropriação será tranquila." Carvalho acrescentou que as obras de responsabilidade do município, sobretudo a reurbanização em torno do estádio, passam por licenciamento, processo que espera esteja encerrado este mês.
O presidente do clube disse que, para deixar o estádio dentro dos requisitos da Fifa, serão necessários R$ 138 milhões, valor que pode ser reduzido em cerca de 20%, devido a possíveis isenções fiscais, que ainda são apreciadas pelos legislativos federal, estadual e municipal.
No caso da Arena, a estimativa de custo pode ser reduzida ainda mais se a Fifa aprovar uma proposta de eliminação dos "pontos cegos" apontados na primeira vistoria sem que seja necessário mexer na estrutura do estádio. "Pleiteamos e parece que a Fifa vai aprovar", disse Malucelli.
Nesse caso, ele estima que o custo possa ser de R$ 90 milhões. O clube estaria disposto a colocar R$ 20 milhões, valor que estava previsto desde 1999 para que a Arena da Baixada ficasse pronta para sediar competições nacionais e continentais. "Nossa vontade é buscar financiamento no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)", destacou Malucelli.
Segundo ele, os R$ 70 milhões que seriam necessários para adequar às exigências da Fifa teriam que "vir de fora". "Estamos conversando, mas ainda não tem nada definido em termos de parceria", adiantou. Os governos do Estado e do município propõem-se a ajudar na busca de parceiros.