Audax e Santos se estudaram muito durante a semana que antecedeu a primeira decisão do Campeonato Paulista. O empate em 1 a 1, neste domingo, no estádio Prefeito José Liberatti, em Osasco (SP), foi justo e deixa o título estadual ainda em aberto - o Santos é favorito por jogar na Vila Belmiro, mas isso é muito pouco para garantir que a taça fique na cidade da Baixada Santista.
Por um lado o time do técnico Fernando Diniz não conseguiu se sobressair com seus toques de bola precisos e refinados. Por outro, a equipe do treinador Dorival Júnior encontrou dificuldades na hora da finalização.
Dorival Júnior provou no primeiro tempo que é possível marcar a equipe do Audax sem apelar para pontapés. Se nos primeiros 10 minutos o time da casa ainda rondou a área do goleiro Vanderlei, depois, até o final da primeira etapa, o eficiente sistema de marcação santista anulou os adversários como nenhuma outra grande equipe havia conseguido neste Paulistão.
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Não havia muito segredo na combatividade do Santos. Dorival Júnior deixou espaço para o Audax tocar a bola do jeito que gosta, porém apenas em seu próprio campo, trocando passes laterais. A partir daí, o treinador pediu aos seus atacantes para subir a marcação. Como os volantes e os meias do time da casa não se aproximaram, o primeiro tempo ficou à feição do time da Vila Belmiro, que perdeu a chance de descer para o intervalo da partida com uma vitória por pelo menos dois gols de diferença.
Sem sofrer muita pressão do bom time do Audax, o Santos chegou com perigo real ao gol de Sidão pela primeira vez aos 33 minutos da primeira etapa. Ricardo Oliveira ganhou a disputa no meio e o ataque santista partiu no três contra três. Lucas Lima tocou para Gabriel, que virou o jogo para Vitor Bueno. Sozinho, de frente para o gol, ele não bateu com a perna direita, trouxe a bola para o meio e foi travado.
Aos 36 minutos, a primeira bola na trave do goleiro Sidão. Ricardo Oliveira recebeu pela direita, entrou na área e bateu forte, no alto, mas a bola explodiu no travessão e voltou para a área. Aos 41, em uma falta frontal, de novo o experiente atacante bateu firme, mas Sidão se esticou e ainda tocou na bola para evitar o gol - mais uma vez ela explodiu no travessão.
Fernando Diniz usou muito bem o intervalo para reagrupar a sua equipe. Com uma substituição, a do atacante Wellington no lugar do meia Juninho, ele voltou a ter o domínio sobre o setor de meio de campo. Depois de ganhar território, os donos da casa passaram a empurrar o Santos para o seu campo de defesa.
Na primeira grande chance do time, aos 13 minutos, o Audax abriu o placar. Tchê Tchê recebeu na direita e deu para Mike. Na área, o atacante girou como quis em cima do zagueiro Gustavo Henrique, que ficou caído, e bateu no canto esquerdo de Vanderlei para estufar a rede.
O Audax desperdiçava boas oportunidades. Aos 19 minutos, após cobrança de escanteio, Mike cabeceou com perigo e a bola passou rente à trave. Aos 24, Mike e Ytalo tabelaram e o autor do gol se esticou todo para finalizar com a ponta do pé, tocando no cantinho direito da meta santista, mas o goleiro Vanderlei se esticou todo e conseguiu espalmar a bola para escanteio.
O Santos voltou a assustar Sidão aos 33, quando Ricardo Oliveira chutou forte para ótima defesa do goleiro do Audax. No minuto seguinte, a equipe de Fernando Diniz pagou o preço caro por se arriscar a sair tocando a bola. Tchê Tchê errou o passe e deu nos pés de Ronaldo Mendes. A marcação não aproximou e o jogador santista bateu forte, de fora da área. A bola enganou Sidão e o Santos empatou o jogo, definindo o placar.