Ídolo da torcida palmeirense e um dos poucos destaques do time na temporada, o atacante argentino Barcos revelou nesta terça-feira que está mesmo em dúvida sobre seu futuro. Ele reforçou o desejo de ficar no Palmeiras, mas admitiu que pode ir embora por causa do rebaixamento para a Série B do Brasileiro.
"Ainda estou pensando (no que fazer). Falei com o técnico da seleção (Alejandro Sabella) e ele disse que não vou ter a mesma possibilidade (de ser convocado) jogando a Série B", afirmou Barcos, em entrevista coletiva. "É uma decisão difícil. De coração, eu quero ficar. Mas, para mim, a seleção é muito importante."
Barcos chegou ao Palmeiras no começo do ano, depois de fazer algum sucesso na LDU, do Equador. A boa fase com a camisa palmeirense, principalmente após o título da Copa do Brasil, fez com que ele fosse convocado pela primeira vez para a seleção argentina, passando a ser presença constante nas listas de Sabella.
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Segundo ele, o técnico da Argentina teme pela produtividade de um jogador que atue na segunda divisão. "O problema não é acompanhar o campeonato (da Série B), mas, sim, o nível de competitividade da competição. Depois, na seleção, vou ter que jogar contra os melhores jogadores da América", explicou Barcos.
A diretoria do Palmeiras já garantiu que não irá negociar Barcos, que tem contrato até 2015, e prometeu até mesmo lhe dar um aumento salarial para que fique satisfeito. Mas a postura do presidente do clube, Arnaldo Tirone, ao dizer que não vai permitir a saída do jogador, tem irritado o atacante argentino.
"Ele não pode falar isso. Tem que respeitar o que eu penso. Ele não pode falar que vou ficar até o fim, isso está me prejudicando", disse Barcos, ao comentar sobre as declarações de Tirone de que não iria liberá-lo. Mas o atacante também prometeu entrar em acordo com o clube caso decida realmente ir embora.
"Sinceramente, não sei o que fazer. Tenho algumas propostas que estamos analisando. Se for para sair, que seja de acordo. Não quero que seja brigado", avisou Barcos, ressaltando que não tem nenhuma oferta de clube brasileiro. Ele garantiu, inclusive, que não iria para os rivais Corinthians e São Paulo, por respeito à torcida palmeirense.