Contratado em agosto para levar a Argentina à Copa do Mundo de 2018, na Rússia, o técnico Edgardo Bauza já balança no cargo. Oito meses após sua chegada, a seleção nacional é somente a quinta colocada e hoje teria que disputar a repescagem para ir ao torneio. O mau momento da equipe, no entanto, não tira o otimismo e a confiança do treinador.
"Se me tirarem (do cargo), me levanto e vou para minha casa. Mas estou firme para seguir aqui", declarou em entrevista à rede de televisão argentina Canal 13. "Não vou dar importância aos rumores. Nenhum dirigente me chamou para conversar depois da derrota para a Bolívia", completou.
Desde sua chegada, Bauza comandou a Argentina em oito partidas, com somente três vitórias, além de três derrotas e dois empates. A campanha decepcionante coloca o país na quinta colocação, com 22 pontos em 14 jogos, e correndo risco de ficar de fora da Copa a quatro rodadas para o fim das Eliminatórias.
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As críticas ao trabalho do treinador não vêm apenas da torcida, mas também da imprensa e até de integrantes da própria Associação do Futebol Argentino (AFA). Os rumores sobre uma possível saída de Bauza ganharam força também porque o país conta com técnicos realizando grandes trabalhos na Europa, casos de Maurício Pochettino, no Tottenham, Diego Simeone, no Atlético de Madrid, e Jorge Sampaoli, no Sevilla.
"A maioria dos dirigentes não estão de acordo com Bauza como treinador da seleção", disse o presidente do Lanús e integrante do comitê executivo da AFA, Nicolás Russo. "É preciso resolver se o Bauza segue ou não. Há técnicos indiscutíveis, como o Simeone ou o Sampaoli."
Os questionamentos ao trabalho de Bauza cresceram após a derrota da semana passada para a Bolívia, por 2 a 0, em La Paz. Sem Messi, suspenso, pelas próximas três partidas, as chances de o país não ir à Copa são reais, mas nem assim o treinador parece temer a concorrência de outros nomes. "Sampaoli não é meu problema", chegou a afirmar.