O presidente da Fifa, Joseph Blatter, afirmou nesta quarta-feira que a polêmica em que se envolveu sobre o racismo no futebol está "encerrada". Na última semana, ele se desculpou por ter dito que os casos de ofensas raciais que ocorressem em campo deveriam ser resolvidos com um "aperto de mão entre os jogadores".
A declaração irritou alguns atletas, que viram nela uma minimização do problema. Para evitar maiores repercussões, Blatter decidiu dar o assunto por acabado. "Só posso dizer que para mim este assunto está encerrado. Não há tolerância com o racismo", disse, em entrevista coletiva na sede da Confederação Asiática de Futebol, na Malásia.
O dirigente demonstrou arrependimento por suas declarações, que causaram a irritação de nomes como o zagueiro Rio Ferdinand, que as avaliou como "condescendente" e "quase risível". O primeiro-ministro inglês, David Cameron, e o meia David Beckham, disseram ter ficado "espantados" com o que foi dito.
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"Eu fui interpretado desta forma e já pedi desculpa. Não há mais nada que eu possa fazer", disse Blatter. Ele ainda optou por minimizar as declarações do dirigente do Queens Park Rangers Neil Warnock, que disse que os jogadores negros de todo o mundo deveriam boicotar as próximas partidas de suas seleções em forma de protesto. "Este problema para mim já acabou. Vamos em frente. Há tolerância zero com o racismo, tolerância zero com discriminações em todas as atividades no campo e fora dele", garantiu o mandatário maior da Fifa.
As polêmicas começaram por conta de dois casos ocorridos no Campeonato Inglês. No primeiro, o zagueiro do Chelsea John Terry teria ofendido de forma racista o rival Anton Ferdinand, do Queens Park Rangers. Depois, o atacante Luis Suárez, do Liverpool, teria feito o mesmo com o lateral Patrice Evra, do Manchester United.