O presidente da Fifa, Sepp Blatter, disse nesta sexta-feira que lamenta ter causado mal-estar com comentários que sugeriram que episódios de racismo dentro de campo poderiam ser resolvidos com um aperto de mão após os jogos.
"Isso doeu e ainda estou ferido por não ter imaginado tal reação", disse ele à BBC sobre as reação aos comentários feitos na última quarta-feira.
"Posso apenas dizer que lamento por todos os que foram afetados por minhas declarações", disse o dirigente suíço, 75 anos.
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Blatter insistiu que sua "luta contra o racismo e a discriminação prosseguirá" e disse que não deixará o cargo, apesar de vários pedidos vindos da Inglaterra, feitos por jogadores, técnicos, políticos e dirigentes por sua saída.
"Não posso me demitir. Por que deveria fazer isso?", questionou.
"Quando você se defronta com um problema, deve enfrentá-lo. Me demitir seria totalmente injusto e incompatível com meu espírito combativo, meu caráter e energia."
Blatter admitiu que seus comentários geraram um "incidente sério", que usou "palavras infelizes" as quais "lamenta profundamente".
Ele disse ainda que jogadores considerados culpados de racismo em campo seriam expulsos do futebol.
"Tolerância zero: essa foi uma boa lição para mim também", disse ele.
O zagueiro do Manchester United e da seleção inglesa Rio Ferdinand classificou os comentários de "ignorância". Já o jogador David Beckham os descreveu como "pavorosos".
"Não acho que as declarações foram boas para o esporte. (O racismo) não pode ser jogado para debaixo do tapete e não pode ser resolvido com um aperto de mão", disse Beckham.