Com um futebol paupérrimo e nem aos pés da tradição de um país 11 vezes campeão (atual tri e maior vencedor), o Brasil deixou o Sul-Americano Sub-20 nesta sexta-feira, ao ser derrotado pelo Peru por 2 a 0, no Bicentenário de San Juan, na Argentina.
A equipe verde-amarela termina na última posição do Grupo B. Já o Peru termina na ponta na chave e se junta a Uruguai, Equador, Paraguai, Chile e Colômbia no hexagonal final, onde os quatro melhores serão os representantes do continente no Mundial da Turquia.
A Seleção entrou em campo eliminada. Precisava sair para buscar o gol, mas a obrigação parecia estar ao lado dos peruanos, que, em menos de 15 minutos, já tinham chegado duas vezes na cara de Luiz Gustavo. A jogada era sempre a mesma. Qualquer lançamento para frente encontrava alguém posicionado para balançar a rede.
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O aviso foi dado. Na terceira vez, a Seleção não escapou. Reyna, em posição irregular, entrou sozinho e bateu no canto do goleiro brasileiro. Apesar da falha do bandeira, uma falha grotesca de posicionamento da dupla de zaga verde-amarela.
Se o Brasil trocou dois passes durante os 45 primeiros minutos foi muito. Alguns jogadores, inclusive, precisam de aulas sobre fundamentos básicos do futebol. Sem opção, o time previsível de Emerson Ávila abusou das bolas centradas e não encontrou nada.
Vale lembrar que, nos quatro jogos desta Sul-Americana, Ávila não conseguiu escalar o mesmo time nenhuma vez. Sem entrosamento, o sofrimento prosseguiu durante a segunda etapa. Parecia mais fácil atravessar a Cordilheira dos Andes a pé do que assustar o goleiro adversário.
Nervoso, o Brasil foi deixando o Peru administrar o jogo com tranquilidade e minar o fraco ataque verde-amarelo. Ainda sobrou para os peruanos as melhores chances da segunda etapa e, num contragolpe, Flores fechou o caixão de uma seleção que entrou morta no Sub-20.