Finalmente o Brasil enfrentará a Alemanha numa Copa. E o confronto histórico será na decisão deste Mundial no próximo domingo, em Yokohama (Japão), às 8 horas. Com a vitória por 1 a 0 sobre a Turquia, a seleção brasileira chega à sétima final - mesmo número do rival germânico, que tem três títulos (um a menos que os brasileiros).
O gol de Ronaldo, agora artilheiro isolado da competição com seis gols, também deu uma marca histórica ao País. Pela primeira vez, a seleção participará de sua terceira final seguida. E Cafu será o primeiro jogador da história a participar de uma marca desta.
O técnico Luiz Felipe Scolari optou pela formação do último coletivo e pôs Edílson na vaga do suspenso Ronaldinho Gaúcho. Com isso, Rivaldo, que vinha tendo função de atacante, foi obrigado a recuar enquanto o jogador do Cruzeiro atuava aberto pela direita. Pelo lado turco, Senol Gunes optou pelo mesmo time do jogo anterior, com o até então apagado Sukur no comando de ataque.
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E a Turquia, nos primeiros 15 minutos, mostrou sua melhor virtude dentro da competição: forte marcação no meio-de-campo e rápido toque de bola. Ligeiramente superior ao Brasil até então, teve a primeira chance do jogo, aos 19 minutos. De cabeça, Ozalan obrigou Marcos a fazer boa defesa no canto rasteiro direito.
Mas o susto acordou a seleção. Tanto que ela criou três chances seguidas de abrir o marcador em três minutos. Aos 21, Rivaldo achou Ronaldo na entrada da área, o atacante tocou para a entrada de Cafu pela direita que, num forte chute, obrigou difícil defesa de Recber.
Na jogada seguinte foi a vez de Roberto Carlos subir pela esquerda e ameaçar com um chute rasteiro no canto direito do goleiro turco. Por último, Rivaldo se livrou de dois marcadores na esquerda e mandou uma forte bola para o gol. No rebote, Ronaldo voltou a chutar sobre o goleiro turco.
Na volta do intervalo, a grande dúvida era o retorno de Ronaldo. Demonstrando dificuldades físicas na etapa inicial, o atacante da Inter Milão fez jus à boa fama logo aos 4 minutos. Recebeu de Gilberto Silva na esquerda, passou por quatro marcadores e, de bico, tocou rasteiro no canto esquerdo de Recber: 1 a 0.
Precisando reverter o marcador - o atacante Mansiz já havia entrado no lugar do marcador Emre -, a seleção turca se aventurou no ataque e abriu um ''buraco' para o contra-ataque brasileiro. No primeiro dele, aos 12, Cafu arrancou pela direita e tocou para Ronaldo. O atacante avançou da intermediária e passou a Edílson, que na saída de Recber foi interceptado por trás por Ozalan. A bola ainda passou raspando na trave esquerda.
Quatro minutos mais tarde, Ronaldo voltou a armar jogada rápida ao tocar para Kléberson quase sobre a marca de pênalti. Fora de sua especialidade, o volante chutou de bico para fácil defesa de Recber.
Já pensando na final, o técnico brasileiro poupou Ronaldo para a entrada de Luizão, aos 23 minutos. Sete minutos depois foi a vez de Denílson substituir Edílson. A Turquia seguiu partindo desesperada ao ataque até o apito final do árbitro, e o Brasil, apesar de ser menos perigoso no contragolpe, conseguiu segurar a vitória e a vaga na final.
Em Saitama
Brasil 1 Marcos; Lúcio, Roque Júnior e Edmílson; Cafu, Gilberto Silva, Kléberson (Belletti), Rivaldo e Roberto Carlos; Edílson (Denílson) e Ronaldo (Luizão). Técnico: Luiz Felipe Scolari
Turquia 0 Rustu Recber; Korkmaz, Ozalan e Akyel; Davala (Izzet), Emre Belozoglu (Mansiz), Kerimoglu, Basturk (Erdem) e Ergun Penbe; Sukur e Hasan Sas. Técnico: Senol Günes
Árbitro: Kim Nielsen (Dinamarca)
Estádio: 2002 de Saitama
Gol: Ronaldo, aos 4min do 2º tempo
» Confira o especial sobre a Copa do Mundo 2002.
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