Dois anos depois da deflagração da maior operação contra a corrupção no futebol mundial, que colocou a CBF no centro de um escândalo, o Brasil ainda não pode cooperar com a Justiça dos Estados Unidos na troca de dados sobre os suspeitos. O jornal O Estado de S.Paulo apurou que um recurso impede o Ministério Público Federal de repassar aos norte-americanos informações solicitadas sobre dirigentes ligados à CBF como José Maria Marin, Marco Polo del Nero e Ricardo Teixeira.
No próximo dia 27, o caso completará dois anos. Dos mais de 40 dirigentes e empresários indiciados pelo desvio de mais de US$ 200 milhões (R$ 622 milhões), apenas cinco dos que estão detidos se recusam a admitir culpa, entre eles José Maria Marin.
Os investigadores norte-americanos já fecharam acordos de cooperação com quase uma dezena de governos, diversos deles latino-americanos. Mas uma decisão judicial no Brasil impediu a cooperação com os Estados Unidos, o que freou iniciativas do Ministério Público de confiscar recursos ou enviar aos norte-americanos documentos relativos aos três dirigentes. Uma juíza no Rio proibiu a troca de informações e determinou que apenas as mais altas instâncias do País poderiam dar sinal verde.
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O Ministério Público Federal recorreu. Em março, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) deu razão ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e autorizou a cooperação. Mas agora um novo recurso precisará ser julgado, já que a defesa entrou com um agravo. O caso deverá se arrastar por mais alguns meses e uma Corte Especial do STJ decidirá.