O Campeonato Brasileiro, versão turno e returno, mantém uma tradição bem peculiar. Como em edições e fórmulas anteriores, a principal competição do País se revela 'trituradora' de técnicos.
Até agora, foram disputadas apenas 10 das 46 rodadas previstas até dezembro e um terço dos concorrentes - oito equipes - já trocou de comando. Os casos mais recentes foram neste fim de semana, com a saída de Candinho (Goiás), Dario Pereyra (Paysandu) e Cuca (Paraná).
Candinho entregou o cargo em público, no domingo à noite mesmo, logo após a derrota por 2 a 0 para o Criciúma em casa. ''Alguém tem de pagar a conta'', afirmava o treinador do atual lanterna do campeonato (6 pontos). ''E serei eu.''
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O clube não perdeu tempo e na tarde de ontem anunciou Cuca para ocupar a vaga. O substituto de Candinho havia deixado o Paraná Clube pouco antes, pegou vôo para Goiânia, almoçou com os novos patrões, acertou salários, orientou coletivo e armou a equipe para a partida de amanhã com o Cruzeiro, pela semifinal da Copa do Brasil.
''Precisamos iniciar reação rápida no campeonato nacional'', afirmou Cuca. A Copa do Brasil é sonho mais distante, porque o Goiás perdeu para o Cruzeiro por 3 a 2, no Serra Dourada, e tem de fazer 2 a 0 como visitante no Mineirão.
A pressa marcou também a reação do Paysandu. Dario Pereyra jogou a toalha depois de perder por 3 a 1 para o Coritiba, no Mangueirão, e a diretoria nem fez questão de convencê-lo a ficar. O presidente Arthur Tourinho admitiu que havia jogadores descontentes com o trabalho do uruguaio.
A saída foi chamar o gaúcho Ivo Wortmann, 53 anos e sem emprego desde dezembro, depois de sair do Botafogo, rebaixado para a Série B. ''O time é bom, a torcida é fantástica e só faltam bons resultados'', resumiu Wortmann.