O diretor executivo do Palmeiras, José Carlos Brunoro, defende a decisão da diretoria de negociar o atacante argentino Hernán Barcos e pede tempo para mostrar serviço. Ele nega que, com a decisão, o Palmeiras esteja deixando a Copa Libertadores da América em segundo plano, mesmo que o zagueiro Vilson seja o único jogador da lista inicial de reforços cedidos pelo Grêmio inscrito na competição. O que Brunoro ainda não admitiu é que a venda de Barcos foi feita à toque de caixa porque o Grêmio precisava inscrever o atacante na Libertadores até sexta-feira antes do carnaval. E o Palmeiras ficou refém de uma transação pouco discutida com os jogadores que viriam no negócio.
Brunoro faz agora o que o Palmeiras deveria ter feito antes de dar o 'sim' para a saída de Barcos: amarrar os atletas que o Grêmio vai emprestar ou entregar ao clube paulista. Dois deles da lista inicial pareciam que resolveria o problema da saída de Barcos: o meia Marco Antônio e o atacante Marcelo Moreno. Mas ambos rechaçaram a transaferência.
O que Brunoro tenta reafirmar é que o Palmeiras pensa sim na Libertadores com carinho, embora todos saibam que subir da Série B do Brasileiro é o grande objetivo do clube em 2013. O Palmeiras estreia na Libertadores na próxima quinta-feira, às 22 horas, contra o Sporting Cristal, do Peru, em São Paulo. "Não é porque o Barcos foi embora que vamos abrir mão da Libertadores. Não abrimos mão de nada. Tenho muita convicção de que faremos uma boa campanha na primeira fase. Depois, poderemos fazer algumas trocas", disse o dirigente.
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Brunoro garantiu que o Palmeiras não desistiu de envolver o atacante Marcelo Moreno na transação, mesmo com a recusa inicial do boliviano de trocar o Grêmio pelo clube paulista. "Além do Vilson, vão chegar outros três reforços do Olímpico. Além disso, as conversas com o Grêmio vão continuar mais para frente. Teremos Série B, Libertadores, Copa do Brasil. Até mesmo o Marcelo Moreno ainda pode chegar. Pode ser agora, dentro de alguns meses, no ano que vem... Muita coisa pode acontecer. Estamos trabalhando. Segue o barco."
O dirigente voltou a avaliar como positiva a negociação que levou Barcos a deixar o Palmeiras. "Se eu não achasse que foi um bom negócio, não teria feito. Estou muito tranquilo. As pessoas só olham o presente, nós estamos olhando para o futuro. Tudo que combinamos está sendo feito. Não tem jeito, teremos de sofrer um pouco neste início."