Um dos assuntos mais discutidos na reta final do Campeonato Brasileiro, a "mala branca", o incentivo financeiro oferecido por um clube ao outro para que consiga um bom resultado em uma partida que o interessa, não sai da pauta no CT Joaquim Grava, onde o Corinthians treina.
Para evitar polêmica, alguns jogadores não gostam de comentar o assunto. Mas o capitão William não tem medo de admitir que é a favor da ''mala branca'', apesar de o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) proibir que um time dê incentivo financeiro a outro. "Talvez seja preciso rever alguns pontos do Código, até a Constituição as vezes precisa passar por mudanças. Na minha opinião, tudo o que é para vencer não pode ser considerado ilegal", declarou o zagueiro.
Para ser campeão brasileiro, o Corinthians precisa bater o rebaixado Goiás em Goiânia e torcer por um tropeço do Fluminense diante do também rebaixado Guarani no Rio de Janeiro neste domingo. Mas William lembra que não é somente o Corinthians que se interessa por outros jogos. O Cruzeiro, por exemplo, ainda sonha com o troféu, e além de ganhar do Palmeiras em Minas Gerais precisa contar com os insucessos do Fluminense e da equipe do Parque São Jorge.
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"Todos na briga pelo título estão atentos a outros resultados nesta última rodada, e estão todos focados apenas no Corinthians, como se a ''mala branca'' só saísse daqui", disse. Apesar de ser favorável, William garante que jamais recebeu algum dinheiro de outro clube para endurecer uma partida ou participou de algum tipo de negociação.
POLÊMICA - No último domingo, o presidente corintiano Andrés Sanchez negou qualquer possibilidade de oferecer a ''mala branca'' ao Guarani. "Aqui não tem caixa 2", disse depois da vitória por 2 a 0 sobre o Vasco, no Pacaembu.
No entanto, o lateral-esquerdo Moreno, do Guarani, levantou polêmica ao afirmar que foi procurado por um dirigente do Corinthians para tratar sobre um possível incentivo financeiro, já que a equipe de Campinas não tem mais nenhum objetivo no Campeonato Brasileiro.
Mesmo assim, o goleiro Júlio César, que foi companheiro de Moreno quando ele atuava pelo Corinthians, defendeu o colega. "É um cara tranquilo, sossegado. Este negócio de ''mala'' a gente sabe que existe no futebol, mas quando alguém fala assim abertamente ganha uma grande proporção", assinalou.