Paulo César Carpeggiani foi oficializado como treinador do Clube Atlético Paranaense pelo coordenador técnico, Antônio Carlos Gomes hoje pela manhã. O novo técnico desembarcou no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, vindo de Porto Alegre, e seguiu até o Centro de Treinamentos do Caju, para definir a base salarial. A discussão levou apenas alguns minutos e às 11h o técnico era confirmado no cargo.
O ex-técnico da seleção paraguaia na Copa do Mundo da França, em 1998, chegou detonando a Lei Pelé, que oferece estabilidade aos atletas. "Os jogadores assinam contratos por cinco anos e se acomodam muito rápido. Isso não é bom para os clubes e para os jogadores".
Adepto do futebol compacto, onde sua equipe tome sempre a iniciativa da partida, Carpeggiani corre o risco de ter problemas na próxima temporada, já que o clube pode negociar seus principais jogadores: o meia Kelly interessa ao São Paulo e a clubes do exterior (Japão ou Peru). Já o zagueiro Gustavo teve uma proposta do Alianza Lima, do Peru, mas ainda não fechou contrato.
Leia mais:
Londrina EC marca jogo contra o Maringá em Alvorada do Sul
São Paulo pode devolver Jamal ao Newcastle e abrir 2025 com só um lateral
'Corroendo por dentro', diz Gabigol sobre sofrimento com Tite no Flamengo
Brasília quer sediar final da Libertadores 2025, diz presidente da Conmebol
Apesar do perigo, o técnico que já foi campeão do mundo como treinador do Flamengo, em 81, aceitou o desafio, mas torce para que os principais craques atleticanos sejam mantidos para 2001. "Gosto de trabalhar com a juventude e acho ideal uma mescla com jogadores experientes. Essa fórmula é ideal para a realização de um bom trabalho".
Ninguém no Atlético fala abertamente sobre as bases salariais, mas o comentário nos bastidores é que Carpeggiani irá receber R$ 50 mil mensais por um contrato até dezembro de 2001.
O currículo do treinador é invejável. Venceu a Taça Libertadores da América, Libertadores da América, Mundial Inter Clubes, o Campeonato Brasileiro, Taça Guanabara, Copa do Rei (pelo Al Nasser), a Série B do Campeonato Brasileiro, o Campeonato Carioca, Torneio Aberturas (com o Cerro Portenho). Antes, como meia do Internacional, foi campeão gaúcho sete vezes e duas vezes campeão carioca jogando pelo Flamengo.