Logo após a derrota do Brasil para o Paraguai nos pênaltis e a consequente eliminação precoce na Copa América, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, ligou para o técnico Dunga e também para o coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi. Não foi uma ligação para cobrança ou reclamação diante da queda. Pelo contrário. Foi para transmitir tranquilidade e confiança para a continuidade do trabalho. Dunga respondeu que era muito bom trabalhar com essa estabilidade de não ter a pressão da busca por resultados imediatos.
O contato ilustra como Dunga não perdeu prestígio junto à cúpula da CBF após a queda no primeiro jogo eliminatório após a Copa do Mundo. O Brasil começou bem a partida contra o Paraguai, fez 1 a 0 com Robinho, mas caiu no segundo tempo e cedeu o empate após pênalti de Thiago Silva.
Na decisão por pênaltis, perdeu por 4 a 3 - Éverton Ribeiro e Douglas Costa desperdiçaram suas cobranças. "O Dunga corre risco zero de ser demitido", afirma Walter Feldman, secretário-geral da CBF. "A determinação do presidente é de poder absoluto para a comissão técnica", completou.
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O próximo desafio de Dunga será nas Eliminatórias para a Copa do Mundo, que começam no mês de outubro. Feldman avalia que a proposta de um trabalho de longo prazo não sofrerá alterações com o primeiro revés. "O Brasil tem poucos trabalhos desenvolvidos a longo prazo. Isso precisa mudar, é um problema", avalia.