Em nota divulgada em seu site oficial, a CBF manifestou-se contra a ideia do Ministério do Esporte de alterar o calendário do futebol brasileiro e adequá-lo ao europeu, com competições começando em agosto e terminando em maio ou junho.
Segundo publicou na última terça-feira o jornal "Folha de S. Paulo", a ideia seria debatida com clubes, federações a própria CBF, mas o Ministério do Esporte seria a favor da mudança, que permitira com que os clubes pudessem realizar torneios no exterior no meio do ano e fazer uma pré-temporada maior.
A CBF considera a ideia como uma "intervenção".
"Além de soar como intervenção, por não ter o Ministério do Esporte competência para realizar mudanças no calendário - os fóruns adequados para discutir a questão são a CBF, as federações e os clubes -, a proposição parte de quem não tem conhecimento da realidade do futebol", diz a nota.
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Na matéria, o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, que viajou ao Paraguai na última terça-feira com o presidente da CBF, José Maria Marin, e com o vice, Marco Polo del Nero, para acompanhar a coletiva em que o presidente da Conmebol, Nicolás Leoz, anunciou sua renúncia, também desdenhou da ideia.
- Mudar calendário? Ele conversou com quem a respeito disso? Para tratar de calendário tem de conversar com quem é do ramo. O que, definitivamente, este ministro não é - afirmou o dirigente ao site da CBF, referindo-se ao ministro Aldo Rebelo.
A ideia seria parte do pacote de medidas do Ministério do Esporte sobre o perdão da dívida fiscal dos clubes. Entre elas está também a intenção de proibir que empresários e grupos de investidores tenham participação nos direitos econômicos dos jogadores.