O lateral-direito Cicinho admitiu nesta quarta-feira que tem jogado no sacrifício para ajudar o Palmeiras neste momento complicado. Ele ainda sente dores no tornozelo direito, após a torção sofrida durante um treino no dia 13 de setembro, que o deixou um mês afastado do time. Mas participou do empate com o Flamengo, na quarta passada, e só não enfrentou o Fluminense, no último domingo, porque estava suspenso.
"Ainda sinto dores para jogar. No segundo tempo (do jogo contra o Flamengo), até pisei torto e doeu muito, mas o professor (o técnico Luiz Felipe Scolari) falou que era para trabalhar em cima da dor. E o doutor (o médico do clube) ainda me disse que vai ser normal ficar sentindo dores por algum tempo", contou Cicinho, que, diante disso, tem retorno garantido ao time na partida de sábado, contra o Figueirense.
Apesar do esforço para defender o Palmeiras, Cicinho reconheceu também que o ambiente não é dos melhores no clube, diante da crise interna que provocou o afastamento do atacante Kléber e da queda de produção do time no Brasileirão. Por isso, segundo ele, o meia chileno Valdivia não recebeu a tradicional ovada nesta quarta-feira, quando completou 28 anos. "O clima não está muito para festa", disse o lateral.
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Diante desse ambiente conturbado, Cicinho foi perguntado na entrevista coletiva desta quarta-feira se tal situação dificultaria o Palmeiras na busca por reforços, por causa de um eventual temor dos jogadores de atuar no clube. E foi incisivo na resposta: "Jogador com personalidade vem jogar aqui, porque o Palmeiras é um time grande, com uma história maravilhosa. Só não vem para cá quem é pipoqueiro".
Cicinho ainda comentou nesta quarta-feira sobre os rumores de interesse de clubes estrangeiros na sua contratação. "Não chegou nada para mim. Se tiver proposta, sento com a diretoria e a gente conversa. Mas acho que não é momento de pensar nisso", explicou o lateral, que chegou ao Palmeiras no começo deste ano e, diante da boa performance, já renovou o seu contrato por mais quatro temporadas, até 2015.