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Clubes paranaenses têm sigilo quebrado

Fernando Tupan - Folha do Paraná
14 dez 2000 às 09:40

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O indício de irregularidades nas compras e vendas de jogadores para o exterior foram os motivos que levaram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado a quebrar o sigilo fiscal dos 20 maiores clubes do país e de seus presidentes ou ex-presidente. O presidente da Comissão, o paranaense Álvaro Dias, deixou claro que isso não significa um pré-julgamento dos citados, apenas uma tentativa de apurar possíveis irregularidades.

O senador explica que era uma prática comum da maioria dos clubes brasileiros e que há necessidade de se verificar. "O meia Zé Roberto, da Portuguesa, por exemplo, foi vendido para o Central Espanhol, de Montevidéo, que também é do empresário Juan Figger, por US$ 4,6 milhões. No mesmo dia, o atleta foi vendido para o Real Madrid, da Espanha, por US$ 9,980 milhões. O país perdeu a diferença em imposto".

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Para obter as provas os senadores julgaram que informações bancárias e fiscais são fundamentais. "A CPI tem a intenção de descobrir irregularidades. O Brasil está tendo um prejuízo enorme porque os impostos não estão sendo recolhidos", explicou o senador.

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A partir de hoje os senadores ficam em recesso até 15 de fevereiro. Mas as investigações não vão parar, promete Álvaro. "Nossa assessoria continuará trabalhando para levantar mais informações. Nós vamos retomar com os trabalhos a partir de 15 de fevereiro".

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E o futebol paranaense também está sendo investigado pela CPI do Senado. Ontem foram quebrados o sigilo bancário e fiscal do Atlético Paranaense, do Coritiba, do diretor de marketing e futuro coordenador de futebol do Atlético Paranaense, Mário Celso Petraglia, e do ex-presidente do Coritiba, João Jacob Mehl. Também estão sendo investigados outros 18 presidentes e ex-presidentes e seus respectivos clubes.


Petraglia evitou comentar o caso Youssef e a quebra de sígilo bancário e fiscal. A reportagem solicitou uma entrevista a assessora Mônica Santana com o dirigente e ela informou que somente o advogado Antônio Carlos de Almeida estava autorizado a falar sobre o assunto.

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"Não entedemos o motivo da quebra sígilo bancário e fiscal do senhor Mário Celso Petraglia. Mas toda documentação estará à disposição da CPI porque ele não tem nada a esconder", disse Almeida dando declaração em nome do diretor de marketing atleticano.


Nos últimos quatro anos o campeão paranaense de 2000 negociou vários jogadores com o exterior. Os principais foram Alberto, Lucas, Warley, Adriano e Paulo Rink. Extra oficialmente o rubro-negro teve uma movimentação financeira com a venda de atletas na ordem de US$ 36 milhões, que no câmbio de hoje representaria algo em torno de R$ 72 milhões, sem contar o centroavante Oséas, vendido por R$ 6 milhões.

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O senador Álvaro Dias, presidente da Comissão da CPI do Senado, entregou à imprensa na terça-feira, documentação que comprova crimes de sonegação, evasão de divisas e lavagem de dinheiro envolvendo os clubes gaúchos Internacional e Grêmio, e promete continuar as investigações para moralizar o futebol brasileiro. No dia seguinte, 20 clubes, membros do Clube dos 13, tiveram sigilos quebrados juntamente com presidentes e ex-presidentes.


O deputado federal do PT do Paraná, Dr. Rosinha, membro da CPI da Câmara, admite que a sua comissão também está de olho nos dirigentes de clubes e que alguns poderão ser chamados para depoimentos, desde que se encaixem em alguns critérios ainda não definidos. Rosinha afirma que o parceiro do rubro-negro, o empresário Juan Figger, vai ser chamado. Ele tem requerimento para ser votado.


Marcus Aurélio Coelho, novo membro do Conselho Gestor e futuro presidente atleticano, evitou comentar sobre a quebra de sígilo bancário e fiscal do Atlético e apenas disse que o pensamento da diretoria estava expresso em uma nota que seria distribuída pela assessoria de imprensa do clube.

Mas Coelho opinou com relação à política interna e confidenciou que continua indefinida. "A data da reunião do Conselho Gestor não está marcada. Acredito que a reunião deva ocorrer nos próximos dias ou na próxima semana. Assumo no mesmo dia e não vejo nenhum perigo em assumir o clube neste momento difícil".


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