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Com 6 opções, Santos escolhe presidente que tentará superar crise política

Folhapress/Klaus Richmond
11 dez 2020 às 15:06
- Reprodução/Instagram
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A eleição que definirá o novo presidente do Santos pelos próximos três anos, de 2021 a 2023, marcada para este sábado (12), das 10h às 18h, reunirá um número recorde de candidatos e tem expectativa de consolidar o maior colégio eleitoral da história do clube.


Mesmo em meio a um momento de expressivo aumento de casos de Covid-19, o clube confirmou o pleito de forma presencial - na Vila Belmiro, em Santos, e na Federação Paulista de Futebol (FPF), em São Paulo. Pela primeira vez, também haverá votação online.

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Ao todo, seis nomes concorrerão ao cargo: Fernando Silva, Milton Teixeira Filho, Ricardo Agostinho, Andres Rueda, Rodrigo Marino e Daniel Curi. Segundo levantamento do clube, 16.376 sócios estão aptos a voto -10.028 em Santos, 128 em São Paulo e 6.220 de forma virtual.

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"Fizemos um teste [da votação online] com 30 pessoas e foi um total sucesso. Elas votaram e conseguimos checar como seria o processo de apuração. Serão duas empresas, uma para a operação e outra para a auditoria, dando total transparência e segurança ao pleito", diz Marcelo Teixeira, presidente do conselho deliberativo do clube.

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Em 2017, no pleito que elegeu José Carlos Peres, 5.676 associados participaram da votação. Peres acabou eleito com 32,6%, 1.851 votos na ocasião.
Sua gestão foi marcada por diversas polêmicas, a última delas o impeachment por má gestão.


Peres foi afastado e, posteriormente, sofreu o impedimento por decisão de ampla maioria dos associados, em assembleia-geral, devido a irregularidades nas contas de 2019, reprovadas pelo conselho deliberativo e pelo conselho fiscal do clube.

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Foram apontadas irregularidades nas demonstrações financeiras, como o pagamento de comissões não devidas nas transferências de jogadores, uso do cartão corporativo do clube para compras pessoais e diferenças entre o orçamento e gastos efetivos.


O cartola se tornou o primeiro mandatário a sofrer um processo dessa natureza na história de 108 anos do clube e acabou sucedido na reta final do mandato pelo vice e desafeto Orlando Rollo.

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Rollo também se viu envolto em problemas. Disse que pediria ajuda financeira a quem precisasse para aliviar as dívidas e foi o responsável por anunciar a contratação de Robinho, na época condenado em primeira instância por assédio na Itália. Após pressão de patrocinadores e de parte da torcida, suspendeu o contrato.


Nem ele nem Peres declararam oficialmente apoios a algum dos postulantes.

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O candidato da chapa 1, "O Santos pode mais", é Fernando Silva, 64. Formando em engenharia química, com especialização em administração de empresas, ele trabalhou no clube no início da década, como executivo de futebol na gestão do presidente Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, falecido em 2016.


"Nossa principal proposta é a recuperação da credibilidade do Santos. Para isso acontecer, precisamos de uma gestão profissional. Pessoas da nossa chapa conversam com empresas que atuaram em clubes de futebol do Brasil e do exterior, e que estão entusiasmadas com o nosso projeto", diz.

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A chapa 2, "Tradição e inovação", terá o conselheiro Milton Teixeira Filho, 39, como principal nome. Advogado e administrador de patrimônio imobiliário, ele é filho do ex-presidente do clube na década de 1980 Milton Teixeira.


"O Santos vive uma das maiores crises institucionais, políticas e financeiras de sua história. Temos como meta tornar o clube autossustentável, com gestão responsável, credibilidade no mercado e paixão clubística. Vamos resgatar a autoestima do torcedor santista, a identidade e o reposicionamento da marca", afirma.

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A chapa 3, "Transforma, Santos", aposta no publicitário Ricardo Agostinho, 51. Ele trabalhou também na área farmacêutica e foi embaixador do Santos em São Paulo por três anos.


"Reunimos um grupo de inteligência com executivos santistas de renome internacional e 70% de novos candidatos ao conselho. Queremos devolver o clube aos seus associados, romper o ciclo vicioso que hoje dá protagonismo a dirigentes despreparados, empresários e fiadores de ocasião. Temos um projeto de recuperação de finanças", declara.


Segundo colocado no último pleito, o quarto candidato, da chapa "União pelo Santos", é o matemático com especialidade em engenharia de sistemas Andres Rueda, 64. Ele participou como integrante de dois comitês de gestão, mas acabou rompendo por divergências com os presidentes Modesto Roma Júnior e José Carlos Peres.


"Temos uma visão muito clara de onde queremos levar o clube. No primeiro momento, temos que recuperar a situação financeira. A primeira ação é estancar a ferida, adequar a despesa com receitas recorrentes para não aumentar a dívida. Precisaremos de criatividade para renegociar essas dívidas com credores, reformatar contratos. O Santos vai ter uma folha que caiba dentro de sua receita", diz.


A chapa 5, "Renova Santos", é a do conselheiro do clube Rodrigo Marino, 46, também ex-membro do comitê de gestão com o presidente Modesto Roma Júnior. Marino é formado em contabilidade e tem graduação em administração de empresas e comércio exterior.


"Trabalharemos em três frentes: reorganização financeira, reformulação do programa de sócio e olhar profissional para as categorias de base com estrutura profissional e nova metodologia multidisciplinar. Essas medidas permitirão ampliar nossa receita e diminuir nossa despesa", afirma.


A última chapa inscrita, "Santos da virada", tem o advogado cível Daniel Curi, 48, como candidato. No clube, Curi já presidiu a comissão de inquérito e sindicância, de 2015 a 2017, e, atualmente, ocupa a condição de primeiro secretário do conselho deliberativo.


"Tenho muita experiência em renegociação de dívidas, apontar as prioridades em um cenário de crise financeira. Esse conhecimento é um diferencial importante e vital para o Santos voltar a ser o Santos de credibilidade mundial, não um clube que deve para todo mundo e não dá satisfação a ninguém. Toda dívida é administrável", declara.


Apesar de só iniciar, oficialmente, o mandato em 1º de janeiro, o novo presidente do Santos poderá começar os trabalhos já nos próximos dias a convite de Orlando Rollo, que já disse que abrirá as portas do clube para iniciar uma transição mais rápida.


O objetivo é acelerar algumas demandas, como lidar com as punições sofridas na Fifa pelo não pagamento de transações de jogadores, o que impede o Santos de contratar atletas.


Dentro de campo, o clube vive bom momento na temporada. Ocupa a oitava colocação no Campeonato Brasileiro, com 38 pontos, e conquistou bom resultado na partida de ida pelas quartas de final da Copa Libertadores, com o empate por 1 a 1 com o Grêmio, em Porto Alegre.



A eleição no Santos


Horário: 10 às 18h


Locais de votação: Vila Belmiro (ginásio Athié Jorge Coury e Salão de Mármore), Federação Paulista de Futebol (em São Paulo) e online


Quem vota: 16.376 sócios estão aptos

Candidatos: Fernando Silva, Milton Teixeira Filho, Ricardo Agostinho, Andres Rueda, Rodrigo Marino, Daniel Curi


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