O Timor Leste foi suspenso de competições internacionais depois que uma investigação revelou que o país estava colocando em campo 12 jogadores brasileiros "falsificados" e se passando por timorenses para disputar partidas. Num comunicado emitido nesta sexta-feira, a Confederação Asiática de Futebol concluiu que o país está banido da Copa da Ásia de 2023, enquanto a Fifa também abre investigações.
Ex-colônia de Portugal, o Timor Leste passou a buscar a cooperação brasileira no esporte depois de sua independência como país, há pouco menos de 20 anos.
O processo foi aberto depois de um jogo das Eliminatórias para a competição de 2019. A partida era entre o Timor Leste e os Emirados Árabes Unidos. O que se descobriu era que o esquema existia pelo menos desde 2013.
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Os brasileiros pegos no esquema são: Ramon de Lima Saro, Paulo Helber Rosa Ribeiro, Diogo Santos Rangel, Rodrigo Sousa Silva, Patrick Fabiano Alves Nobrega Luz, Paulo Cesar da Silva Martins, Jairo Pinheiro Palmeira Neto, Felipe Bertoldo do Santos, Junior Aparecido Guimaro de Souza, Jaime Celestino Dias Bragança, Heberty Fernandes de Andrade e Thiago dos Santos Cunha.
Mas a investigação revelou que vários dos jogadores em campo tinham certidões de nascimento e de batismo falsificadas e que, de fato, eram brasileiros. "Esses documentos haviam sido falsificados", constatou a Confederação Asiática de Futebol, por meio de um comunicado.
A dimensão da fraude também surpreendeu. Nove jogadores brasileiros participaram em 29 partidas vestindo a camisa da seleção do Timor Leste. Todos os resultados foram cancelados. Desses jogos, sete foram organizados pela Fifa, o que significa que o país também pode ser expulso das Eliminatórias da Copa de 2018.
A Confederação Asiática ainda quer uma punição contra o secretário-geral da federação local, Amandio Sarmento. Ele é também o Ministro do Esporte do país.