O Corinthians ainda busca um centroavante para a próxima temporada. Passou o ano atrás desse jogador. Sonha com Diego Tardelli e também está de olho em outras opções no mercado - sondou Gabriel, Vagner Love e Marcelo Moreno, por exemplo. A falta de um camisa 9 para ser titular, porém, não é novidade para o técnico Fábio Carille, que está de volta ao clube após passagem de sete meses pelo Al-Wehda, da Arábia Saudita.
Quando conquistou o Campeonato Paulista no início do ano e nas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro, período em que deixou o time alvinegro, Carille já estava colocando uma equipe em campo sem um jogador de referência na área.
Não por preferência do treinador, mas por necessidade. Em 2017, Carille ergueu os troféus do Paulistão e do Brasileirão com Jô centralizado na frente. Com a venda do seu então artilheiro para o futebol japonês, o técnico iniciou a temporada passada sem muitas opções ofensivas e montou o Corinthians com quatro jogadores de movimentação na frente: Jadson, Rodriguinho e Romero, titulares absolutos, além de Pedrinho, Clayson e Mateus Vital, que se revezavam na formação.
Leia mais:
Londrina EC aposta em pré-temporada como diferencial em 2025
Vini Jr. disputa The Best contra Messi, aposentado e mais
Vaquinha congestiona site, arrecada quase R$ 8 mi em 24h e anima Corinthians
Marta concorre ao Prêmio Marta de gol mais bonito no feminino
Com a política de não gastar muito em contratações, e há um ano sem que alguém se firme como referência no ataque, por enquanto Carille deverá manter a formação tática da sua passagem inicial. São seis remanescentes do começo do ano: Cássio, Fagner, Henrique, Jadson, Romero e Pedrinho.
As novidades no esboço do time para 2019 são as presenças dos volantes Richard e Ramiro e do meia equatoriano Sornoza - três contratações negociadas. Carille também deve começar o ano com os jovens Léo Santos e Carlos Augusto, um na zaga e outro na lateral-esquerda - esses dois já vinham atuando com Jair Ventura, demitido no início do mês.
As peças que Carille perdeu para 2019, no entanto, foram fundamentais na última conquista do Corinthians. As saídas do zagueiro paraguaio Balbuena, do lateral-esquerdo Sidcley, do volante Maycon e do meia Rodriguinho arruinaram o segundo semestre do time, que fechou o Brasileirão a dois pontos do rebaixamento. Segundo o orçamento aprovado pelo Conselho Deliberativo, o clube faturou R$ 110 milhões com negociações de atletas.
O investimento, até agora, não foi à altura. A contratação mais cara foi a do meia Sornoza. O clube não confirma oficialmente, mas pagou cerca de R$ 10 milhões para contar com o equatoriano que disputou o Brasileirão pelo Fluminense - fez exames médicos, mas não foi oficializado.
Além dos três reforços que surgem como opções do time para a próxima temporada, o Corinthians já trouxe outros três atletas: o lateral-direito Michel Macedo e os atacantes André Luis e Gustavo Mosquito. O clube ainda tenta fechar a contratação do atacante Luan, do Atlético-MG, do lateral-esquerdo Uendel, que teve passagem pelo Corinthians e hoje está no Internacional. Além, é claro, do centroavante.
No elenco, Carille conta com Roger e Jonathas, que não conseguiram se firmar neste ano. Também é esperado o retorno de Gustavo, o Gustagol, que disputou a última temporada emprestado ao Fortaleza e foi bem.
A diretoria observa mais opções. Diego Tardelli está livre depois de não renovar com o Shandong Luneng, da China. O jogador de 33 anos ainda analisa propostas de clubes de fora do Brasil, a sua primeira opção. Para jogar no Corinthians, ele teria de aceitar salário dentro do teto do clube, que é de R$ 500 mil.
Marcelo Moreno, de 31 anos, tem situação semelhante. O vínculo com o Changchun Yatai, também da China, terminou e ele está livre. Vagner Love está no Besiktas, da Turquia, e tem mais dois anos de acordo. Gabriel pertence à Internazionale e estava no Santos em 2018. O salário também é um empecilho.