O time reserva do Santos, composto por vários garotos da base, merecia melhor sorte do que a derrota por 1 a 0 para o Flamengo, neste domingo, no Engenhão. Com brios e grande esforço para superar a falta de entrosamento e a pouca experiência de alguns jogadores, a equipe suportou o time carioca até os 42 minutos do segundo tempo, quando um pênalti duvidoso em cima do ex-santista Ibson, e convertido por Bottinelli, decretou o revés, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.
Eis o ônus da decisão do técnico Muricy Ramalho de poupar titulares e reservas de maior utilização para a partida contra o Corinthians, quarta-feira, no Pacaembu, que decidirá um dos finalistas da Libertadores: O Santos fica estagnado nos três pontos e perde terreno na tabela antes de receber o Coritiba, no próximo domingo, na Vila Belmiro.
Mas a verdade é que por muito pouco os suplentes não saíram do Rio com um ótimo resultado. Rentería teve a bola do jogo em sua cabeça, aos 16 minutos da segunda etapa, mas testou para fora a chance de colocar a equipe com uma vantagem que poderia ter sido decisiva.
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A vitória há de ser muito comemorada pelos flamenguistas, que tiveram desempenho ruim em seus domínios contra um adversário inferiorizado tecnicamente e com o foco em outra competição. O triunfo, que leva o time aos nove pontos, dá mais fôlego ao contestado técnico Joel Santana, que insistiu na formação com quatro volantes e viu sua equipe sem qualquer criatividade na armação. Pelo menos até o confronto com o Grêmio, no Olímpico, no próximo domingo, Joel deve permanecer.
Com o jovem zagueiro Gustavo Henrique realizando estreia acima das expectativas e Bruno Rodrigo anulando Vagner Love na maioria das vezes, os donos da casa não criaram uma única chance real de marcar, a não ser no lance que resultou na penalidade contestável.
Antes do jogo, o auxiliar Tata já antecipava as dificuldades do Santos: "É uma incógnita. São jogadores novos que precisam ser testados. Vamos ver como se comportam". E os garotos se portaram bem. Quem esteve mal foi o goleiro Aranha, que saiu em falso por três vezes e pouca segurança passou. Tanto melhor que foi pouco exigido pelo ataque rubro-negro.
Depois de uma primeira etapa sofrível, o jogo melhorou sensivelmente nos 45 minutos finais. Os santistas se soltaram e chegaram com perigo em avanços pelas laterais. Assim surgiu o cruzamento de Gerson Magrão que Rentería desperdiçou.
Com a entrada de Bottinelli e Hernane, o Flamengo ganhou mais força ofensiva e chegou à vitória quando o argentino deu belo passe para Ibson, na área. O volante recebeu o contato de Gerson Magrão e se jogou. Francisco Carlos Nascimento marcou a penalidade e Bottinelli cobrou com categoria, sem chance para Aranha.