Rivais no próximo domingo (17), quando estreiam nesta edição da Série C, Londrina e Portuguesa se enfrentaram pela última vez no dia 18 de setembro de 2004, pela 22ª rodada da Série B daquele ano. Já rebaixado à terceira divisão, o Tubarão tinha em seu ataque Alexandre Oliveira, hoje gerente de futebol do LEC. Naquela tarde de sábado, ele anotou os dois gols do Londrina, aos 6 e 38 minutos do primeiro tempo. Marquinhos, aos 44 da etapa inicial e Marcelo Carioca, aos 33 da complementar, empataram o jogo para a Lusa.
Após péssima campanha durante todo o campeonato, o Londrina cumpria seu penúltimo compromisso. A Portuguesa, por outro lado, brigava por uma vaga entre os oito primeiros, mas teve suas chances de classificação praticamente zeradas com o empate. O time de São Paulo terminou o torneio no 11º lugar, com 31 pontos - quatro a menos que o Santa Cruz, o oitavo classificado.
"Lembro muito bem dessa partida, fiz dois gols no primeiro tempo, mas acabamos levando o empate depois. A Portuguesa lutava para subir, mas acabou ficando de fora", recorda o agora dirigente Alexandre Oliveira.
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O atacante estreou pelo Londrina contra o Joinville, na 14ª rodada, e anotou os dois gols da vitória por 2 a 0 em Santa Catarina. Até então, o Tubarão não havia vencido nenhuma partida no campeonato. "Sou muito grato àquela primeira passagem porque consegui me destacar. Cheguei tarde, ainda conseguimos algumas vitórias, mas o time precisava de um milagre pra se manter na Série B", afirma.
Alexandre participou de 10 jogos e marcou quatro gols pelo LEC. No ano seguinte, defendeu o Iraty no Paranaense e depois se transferiu ao Coritiba. "O Londrina alavancou a minha carreira naquela época. Estava parado no Paraná Clube, então vi essa oportunidade de jogar aqui como uma vitrine. Depois do Coritiba, fui para os Emirados Árabes [onde defendeu o Al Wasl entre 2006 e 2010]", lembra. O atacante voltou a vestir a camisa alviceleste entre 2012 e 2014, anotando 13 gols em partidas pelo Paranaense e pela Série D. Em outubro do ano passado, poucos meses antes de completar 36 anos, anunciou que penduraria as chuteiras. Em fevereiro deste ano, assumiu o cargo diretivo no Londrina após a saída de Alex Brasil.
Uma década depois, Alexandre acredita que Londrina e Portuguesa inverteram suas posições. "Vai ser um jogo diferente, sem torcida. Acho que hoje a Portuguesa está na situação que o Londrina vivia naquela época, com muitas dificuldades financeiras. Mesmo assim, os jogadores que vierem a Londrina vão querer a vitória e o jogo certamente será muito difícil para nós", diz.
A menos de uma semana da estreia na Série C - disputada pelo Londrina, pela última vez, em 2005 -, Alexandre deposita suas esperanças na força do elenco para encarar adversários tão tradicionais quanto o LEC. "Acredito em todos que estão aqui há anos e também nos que chegaram agora. Estamos no caminho certo, temos um grupo bom e o importante é ficar entre os quatro primeiros para encarar o mata-mata e tentar o acesso à Série B. Todos estão cientes daquilo que temos que fazer", projeta.
Além de Londrina e Portuguesa, o grupo B da Série C conta com Brasil de Pelotas, Caxias, Guarani, Guaratinguetá, Juventude, Madureira, Tombense e Tupi. Se avançar à 2ª fase, o LEC poderá cruzar com ASA de Arapiraca, Água de Marabá, América-RN, Botafogo-PB, Confiança, Cuiabá, Fortaleza, Icasa, Salgueiro ou Vila Nova.
O Tubarão não contará com o apoio da torcida na estreia por causa da punição aplicada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pela confusão durante a partida contra o Brasil de Pelotas, válida pela semifinal da Série D do ano passado. A partida começa às 16h, no Estádio do Café.