Num jogo bastante movimentado, Botafogo e Flamengo ficaram no empate, de 1 a 1, na noite desta quinta-feira, no primeiro jogo do confronto válido pelas quartas de final da Copa do Brasil. O Rubro-Negro foi melhor no primeiro tempo, quando abriu o placar com André Santos, de cabeça. A segunda etapa, porém, foi do Glorioso, que empatou com Edilson. A segunda e decisiva partida entre as equipes será realizada no dia 23 de outubro, no mesmo estádio. Em caso de novo empate, a decisão vai para os pênaltis.
No próximo sábado, o Alvinegro enfrenta a Ponte Preta, às 21h, no Maracanã, em jogo válido pelo Brasileirão. O Rubro-Negro joga no domingo, no mesmo estádio, às 16h, contra o Criciúma.
COM FLAMENGO SUPERIOR, ANDRÉ SANTOS MARCA DE CABEÇA
O jogo começou em alta velocidade, mas com muitos erros de passe. Sem jogadas, o Botafogo tentava chegar ao ataque na base dos chutões da zaga, mas sem sucesso. O Flamengo, por sua vez, trabalhava mais as jogadas. Numa delas, Hernane recebeu em boa condição para abrir o placar, mas desperdiçou a oportunidade ao chutar para fora da entrada da área, sem marcação.
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Mais disposto e um pouco mais organizado em campo, o Rubro-Negro saiu na frente aos 12 minutos. João Paulo foi no fundo, pela ponta esquerda, e cruzou para Paulinho, quase sem condições de dominar, dar um belíssimo passe para o meio da área, onde estava André Santos, livre, para fazer o gol: 1 a 0.
Mesmo sem o principal jogador do time, o volante Elias, o Flamengo não se intimidava diante do outrora favorito Botafogo. Do outro lado, o técnico Oswaldo de Oliveira adiantou a marcação para pressionar o adversário, mas os repetidos erros de Lodeiro e Seedorf dificultavam as jogadas de ataque. O Glorioso só passou a incomodar de fato por volta dos 25 minutos, mas o Rubro-Negro continuava mais perigoso. O time da Gávea aproveitava os espaços cedidos por Edilson para criar as principais jogadas. Por pouco, o Flamengo não ampliou o marcador em jogadas idênticas a do primeiro gol.
Se não fosse pelos méritos de Jefferson, o Rubro-Negro teria ampliado o marcador na primeira etapa. Aos 39, Carlos Eduardo completou cruzamento da direita, mas o goleiro alvinegro evitou gol certo, com ótima defesa. O que mais surpreendia era a postura do Botafogo, um time que antes era envolvente e estava apático em campo. Desligado, o Alvinegro merecia ir para o intervalo perdendo por uma diferença maior de gols. O Flamengo, por sua vez, mostrava-se um time com bom toque de bola, merecedor do resultado até então.
BOTAFOGO VOLTA MAIS DISPOSTO E EMPATA COM EDILSON
Em desvantagem no placar, o Botafogo voltou para o segundo tempo mais disposto e a fim do jogo.
Mesmo com erros de lançamentos, o Alvinegro assustava o Flamengo ao chegar mais próximo do gol. Rafael Marques e Hyuri se movimentavam bastante, dificultando a marcação. Aos 12 minutos, o meia-atacante talismã alvinegro deu ótimo passe para Edilson, entrar livre na ponta direita. O lateral avançou e chutou cruzado com força. A bola desviou em Samir e morreu no fundo do gol de Felipe: 1 a 1.
O gol mudou o jogo. O clima também se alterou nas arquibancadas. Entusiasmada, a torcida do Botafogo se inflamou e cantou alto. Os rubro-negros responderam, dando mais um atrativo ao clássico bem disputado.
Com os times mais desgastados fisicamente, os treinadores buscaram alternativas no banco de reservas. Pelo lado do Flamengo, Rafinha entrou bem no lugar de Carlos Eduardo. No Botafogo, Oswaldo tirou o sumido Lodeiro e colocou o atacante Alex em campo. Na casa dos 30 minutos do segundo tempo, o jogo ficou um pouco menos movimentado. Os times, então, pareciam satisfeitos com o resultado por causa do jogo de volta.
Sem conseguir render bem no meio de campo para frente, Seedorf passou a atuar mais recuado, distribuindo o jogo na saída de bola. O craque alvinegro, porém, teve atuação muito apagada.
Nos últimos minutos, os times evitaram avançar muito para evitar sofrer um gol que poderia ser decisivo para o próximo confronto. Resultado: 1 a 1 no placar e tudo igual no Maraca.