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Continua a polêmica dos ingressos para o jogo da seleção

Julio Cesar Lima - Folha do Paraná
03 out 2001 às 17:24

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A venda de ingressos para a partida entre Brasil e Chile, domingo, no estádio Couto Pereira, em Curitiba, continua sob suspeita. Depois de ter sido anunciado o fim das entradas, centenas de bilhetes surgiram nas mãos de cambistas.

Para deixar o caso mais estranho, a Federação Paranaense de Futebol (FPF) anunciou a liberação de dois mil ingressos para serem reservados por telefone (366-3277) até sexta-feira. Segundo a FPF, eles estavam reservados à torcida chilena. Torcedores no entanto tentaram ligar par ao número de telefone anunciado e não conseguiram contato.

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O leitor Francisco Mosimann enviou um e-mail para a Folha reclamando que tentou contato pelo telefone da Federação das 13h55 até as 17h45, através de várias linhas de sua empresa e só deu sinal de ocupado. Ele também afirmou que na frente do Estádio Couto Pereira vários cambistas trabalhavam à vontade, sem sinal de polícia.

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Além disso, a federação comunicou que todos os cambistas podem devolver nas bilheterias do estádio Couto Pereira, até às 16 horas, os ingressos comprados e não vendidos. Na entrega do ingresso o cambista irá receber os R$ 20,00 referentes ao preço normal.

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"Registramos queixa na Delegacia de Proteção ao Consumidor (Delcon) e quem não devolver os ingressos será detido", afirmou o presidente da FPF, Onaireves Moura.


O presidente, no entanto, também está sob suspeita. Moura teve seu nome citado por um cambista preso na terça-feira pela Delcon. José Custódio afirmou que os ingressos que estavam sendo vendidos, eram fornecidos por um bingo, próximo ao terminal Guadalupe, de propriedade de Moura.

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Custódio porém, recuou e não quis oficializar a denúncia. "Mesmo assim estamos com policiais investigando a procedência desses ingressos", disse o delegado Jorge Azôr Pinto, da Delcon.


Os gerentes do Big Bingo e o Golden Games, casa com máquinas caça-níqueis; negaram qualquer tipo de atividade com cambistas. Instaladas no local indicado por Custódio, foram transformadas em pontos de venda de ingresso. "As entradas vendidas foram comercializadas pelos preços normais", disse a gerente Vera Lúcia Silva.

A ação da polícia inibiu um pouco os cambistas. Muitos preferiram guardar seus bilhetes para não serem flagrados. "Com certeza eles serão vendidos até o dia do jogo. Não acredito que ninguém vá devolver os ingressos comprados", afirmou um cambista que vendia seus ingressos ontem à noite no Couto Pereira, e não quis se identificar.


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