No Corinthians, capricho é a palavra de ordem. Mesmo ciente de que a decisão da vaga na final da Copa Libertadores só sairá no segundo jogo, Tite quer chegar ao duelo do Pacaembu, na semana que vem, com vantagem, mesmo que mínima. Por isso, promete uma grande apresentação contra o Santos, nesta quarta-feira, às 21h50, na Vila Belmiro. Sua aposta é na forte marcação e na saída em velocidade, características do time, para levar ao menos um empate com gols para a capital.
Tite até apelou para um pouco de mistério, inicialmente dizendo ainda não saber se Paulinho terá condições. Por fim, rendeu-se à escalação dos 11 titulares, mas deixou no ar possíveis mexidas no esquema tático. Certo é que Danilo jogará mais avançado, como centroavante. Ciente de que precisa diminuir a pressão para o jogo de volta no Pacaembu, o treinador garante ousadia. "Não vejo esse jogo como decisivo, a não ser em caso de placar dilatado, de um acidente, o que não acredito", disse Tite, que garante que o time não vai ficar preso na defesa, apenas tentando segurar o resultado de empate.
Ele vai arriscar, quer gol e já cobrou isso do time. O pedido é por capricho na armação das jogadas. "Primeiro é buscar a posse de bola e ter o processo de criação tal qual foram nas outras partidas (na Libertadores). Toma a bola, cria e finaliza, esse é o processo. Agora, se não fizer bem a criação, não adianta pensar em finalizar. Nossa ideia é traduzir em gols as chances ofensivas".
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Emerson e Jorge Henrique, abertos como pontas, têm a missão de buscar jogo na defesa e sair em velocidade. Do meio para frente, com liberdade para apostar no drible para "quebrar" a defesa inimiga. Depois, servir alguém melhor posicionado, até mesmo um volante que estiver vindo de trás. Tite sabe que criará pouco e cobra capricho.
VALE MUITO - Mesmo sem esconder a grandeza do momento, a diretoria corintiana nem tocou no assunto "bicho extra" com os jogadores. Sabe que discutir dinheiro em uma hora dessas só atrapalha. Manterá o que definiu desde o começo do ano como premiações. Elas são por metas. Chegar à decisão já vale uma bolada. "Está mantido tudo o que combinamos no início do ano, mas não podemos revelar. E na Libertadores é por fases", afirmou o diretor adjunto Duílio Monteiro Alves. No Campeonato Brasileiro sim, os jogadores ganham por partida. Cada vitória vale R$ 4,5 mil a mais na conta. O empate rende apenas a metade desse valor.
Mesmo fugindo do assunto "bicho", os dirigentes trabalharam para esse jogo com a certeza de que é um dos mais importante da história, senão a mais importante. A prova veio nos confrontos do Brasileirão, nos quais apoiou o descanso dado aos titulares.