Em sua quinta final consecutiva de Campeonato Brasileiro Feminino, o Corinthians derrotou o Palmeiras por 3 a 1 na noite deste domingo (26), na Neo Química Arena, e conquistou o tricampeonato, a confirmação de sua hegemonia nas disputas entre as mulheres.
No primeiro confronto da decisão, a equipe alvinegra venceu por a 1 a 0, com gol de Gabi Portilho, no Allianz Parque. No duelo decisivo, o time vinha sendo encurralado em casa, mas contou com falha da zaga palmeirense para abrir o placar no contragolpe e tomar conta do jogo.
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Além da vantagem construída na casa das rivais, no duelo de ida, o técnico corintiano Arthur Elias contou com a infelicidade do palmeirense Ricardo Belli, que não pode começar com duas de suas principais atletas -a meia Duda Santos e a atacante Chú, com dores no joelho, iniciaram na reserva. Um forte golpe para a boa equipe palmeirense, que já havia perdido Beatriz Zaneratto, artilheira do Nacional com 13 gols, após as Olimpíadas. Ela voltou para o Wuhan Xinjiyuan, da China.
Nos 20 primeiros minutos, o Corinthians teve dificuldades para pegar na bola diante da forte marcação das palmeirenses, mas mudou a história da partida em contra-ataque. Aos 22 minutos, Adriana recebeu no meio de campo, contou com uma furada da palmeirense Tainara e, depois de driblar a goleira Jully, mandou para o gol. Augustina, debaixo do travessão, tentou o corte, mas mandou contra sua própria rede.
O lance desconcentrou as palmeirenses. As corintianas souberam tirar proveito e ampliaram, aos 32. Adriana recebeu de Yasmin e mandou no ângulo de Jully. Cinco minutos depois, Victoria Albuquerque fez um golaço, ao dominar a bola no peito e emendar uma meia bicicleta.
Camilinha ainda descontou para o Palmeiras em um bonito chute de fora da área, aos 28 da segunda etapa.
Agora, o Corinthians deixa para trás a Ferroviária (2014 e 2019) e se isola como o maior vencedor do Brasileiro Feminino, com três taças (2018, 2020 e 2021).
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Essa é a quinta vez consecutiva que o time alvinegro chega à decisão do título nacional. O clube ficou com o vice em 2017 e 2019.
O time do Parque São Jorge, que reativou a modalidade em 2016, se consolida como a grande potência do futebol feminino no país. Além do tricampeonato brasileiro, tem duas Libertadores (2017 e 2019), uma Copa do Brasil (2016) e dois Paulistas (2019 e 2020).
O caminho até a decisão não foi nada fácil. Neste Brasileiro, as corintianas despacharam o Avaí-Kindermann nas quartas de final e a Ferroviária na semi. Já as palmeirenses passaram por Grêmio (quartas) e Internacional (semifinal).
A decisão entre as duas importantes camisas do futebol brasileiro é uma amostra da profissionalização que a modalidade tem experimentado recentemente. Bem verdade que em parte por conta de uma imposição da Conmebol -a entidade sul-americana condiciona, desde 2019, a manutenção de uma equipe feminina para os clubes participarem de suas competições no masculino.
Com isso, a diretoria do Palmeiras fez parceria com a Prefeitura de Vinhedo e tem investido em infraestrutura e capacitação da comissão técnica. Em seu primeiro ano de atividade, sagrou-se campeão da Copa Paulista. Do outro lado, o rival, campeão na noite deste domingo, caminha sem parcerias atualmente.
Apesar da rivalidade centenária de Corinthians e Palmeiras, o primeiro dérbi feminino foi realizado somente em 13 de abril de 1997, pelo Campeonato Paulista. Mas praticamente não há detalhes e estatísticas dos confrontos, perdidos ao longo dos anos.
O Campeonato Brasileiro Feminino, constituído pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) em 2013, teve a primeira decisão entre duas camisas tradicionais em 2017. Na ocasião, o Santos venceu o Corinthians e ficou com a taça. O time paulistano conseguiu dar a volta olímpica no ano seguinte, ao ganhar do Rio Preto na final.