A leitura do relatório da CPI do Futebol -que há um ano apura as irregularidades nos bastidores do futebol brasileiro- começou na manhã desta terça-feira.
Segundo o documento elaborado pelo realtor Geraldo Althoff (PMDB-SC), de 1.800 páginas, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, ganhou US$ 126 mil em salários, em 1998. Dois anos depois, essa quantia teria aumentado para US$ 418 mil. O assessor de Ricardo Teixeira, Marco Aurélio Teixeira, ganhou U$ 387 mil em 1998 e US$ 507 mil em 2000, em salários.
O relator da CPI fez questão de frisar que o estatuto da CBF proíbe remuneração de seus dirigentes. Um dos pontos mais incisivos da leitura foi quanto às mordomias financiadas pela CBF. Ricardo Teixeira teria gasto, em outubro de 1997, US$ 1.185,00 com limusine, numa viagem a Nova York. Entre e maio e junho de 98, o dirigente voltou a Nova York e teria gasto quase US$ 18 mil em 18 refeições.
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No volume do relatório dedicado aos clubes, federações, empresários e técnicos de futebol, o técnico do Corinthians e ex-treinador da Seleção Brasileira, Vanderlei Luxemburgo, é o primeiro a ser relacionado. Luxemburgo é acusado de "prática de crimes tributários" e de ter movimentado em sua conta bancária cerca de R$ 18 milhões, entre 1995 e 1999, e só ter declarado à Receita Federal R$ 8 milhões.
O técnico do Corinthians ainda é acusado de irregularidades fiscais quando era técnico do Santos, em 1997, e na participação das empresas Luxemburgo Veículos Ltda., WS Bar e Restaurante, Nusacar Oficina Mecânica, JIF Car Regulagem de Motores, WL e a Esportes Social Civil.
As investigações do Senado serão encaminhadas ao Ministério Público Federal.