A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da CBF-Nike requereu ontem a quebra do sigilo bancário e fiscal de todas as federações estaduais de futebol. A CPI quer saber como entra dinheiro nas entidades, qual o montante de recursos e onde são aplicados. A Federação Paranaense de Futebol (FPF) será uma das investigadas.
Por requerimento do deputado federal Dr. Rosinha (PT), membro titular da CPI, o presidente da FPF, Onaireves Moura, será convocado como testemunha para explicar a situação da entidade. Como testemunha, Moura estará sob juramento e, portanto, corre o risco de ser preso se mentir, conforme explica o Dr. Rosinha.
Segundo o deputado, por enquanto, o sigilo bancário do próprio Moura ainda não será quebrado. "Mas se durante as investigações na federação a CPI sentir a necessidade de informações sobre o presidente, o pedido de quebra de sigilo bancário dele poderá ser feito", disse Rosinha.
Leia mais:
Pablo Maia, do São Paulo, cancela férias para abrir 2025 recuperado
Qual a nova geografia do Brasileirão, com paulistas em peso, recordes e ausências
Palmeiras tem caminhos definidos por futuro de três atletas
Leila quebra protocolo e 'enquadra' elenco em vestiário do Palmeiras
Moura se colocou à disposição da CPI para prestar o seu depoimento e confessou não temer a quebra do sigilo bancário da FPF. O motivo de tanta tranqüilidade são as contas da entidade estarem em dia. "Não tenho nada que esconder, acertamos nossas obrigações fiscais atrasadas fazendo o Refis e os diretores da FPF trabalham sem renumeração", lembrando que o processo contra ele havia sido anulado por um Tribunal Federal.
Empresários de futebol, como Juan Figger, Alexandre Martins, Francisco Todé, Reinaldo Pita e outros também serão convocados a depor. Segundo Rosinha, jogadores que foram envolvidos em casos de passaportes falsificados, como Edu, Warley, Dida e Jogrinho serão convocados a depor como informantes, ou seja, não estarão sob juramento.