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Perseguição

Cristóvão Borges aponta racismo em críticas ao seu trabalho no Flamengo

Agência Estado
11 ago 2015 às 09:00

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- Divulgação/Site Oficial Flamengo
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O treinador Cristóvão Borges, do Flamengo, afirmou estar sendo vítima de racismo em sua passagem pelo clube carioca. O técnico assumiu o comando da equipe em maio deste ano, após a saída de Vanderlei Luxemburgo, e hoje o time ocupa apenas a 13ª posição no Campeonato Brasileiro, com 20 pontos conquistados. Em entrevista à ESPN Brasil, o treinador reclamou de críticas "sistemáticas" que são feitas ao seu trabalho, muitas vezes através das redes sociais.

"Começam com as críticas, as críticas insistentes, contínuas e diárias. Então ela vira perseguição e, no conteúdo de algumas dessas críticas, existem componentes racistas sim. Por exemplo, foi citado que o Flamengo, na hora de escolher o treinador, deixou de escolher o Oswaldo de Oliveira para escolher o do Pelourinho", disse.

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. Mesmo assumindo que ocupa um cargo que envolve muita paixão das pessoas, assim como ocorre com um árbitro de futebol, Cristóvão entende que é tratado com menos paciência por ser negro.

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"A tolerância comigo é diferente, sempre foi. Agora, isso não é uma coisa que me afete a ponto de atrapalhar meu trabalho. Isso não, porque eu me preparei para estar nessa situação. Só que, quando passa do ponto, quando me atinge como pessoa, como cidadão, aí sim eu vou procurar meus direitos para me fazer ser respeitado", afirmou.

Com passagens por clubes como Corinthians, Grêmio e Fluminense e seleção brasileira como jogador, Cristóvão Borges já havia sofrido com o mesmo problema quando treinou o Vasco, entre 2011 e 2012.


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