Durante sua apresentação oficial no São Paulo, na segunda-feira, no CT da Barra Funda, Cuca se deparou ao menos três vezes com questões envolvendo saídas ou chegadas para o elenco e tratou de ser o mais político possível. Evitou citar quais são as carências do grupo ou mencionar se pediu reforços à diretoria ou mesmo se os atletas "queimados" pela torcida, como Nenê, Diego Souza e Reinaldo, merecerão conversas individuais.
"Estou muito animado porque sinto que ainda posso contribuir para o São Paulo dentro da minha profissão. Sempre gostei de montar times dentro do orçamento que me é passado. Aqui não se trata disso, não estamos em dezembro, mas de melhorar o que temos tanto dentro quanto fora de campo. Hoje estou fora, mas continuo atento ao mercado", disse, em uma das primeiras respostas, sinalizando que poderia haver uma "lista" de contratações.
Logo, porém, ele despistou. "Não é que chegou Cuca, 'quem você vai indicar'? A gente tem que sentir o jogador. Por mais que o Mancini me diga a ideia dele, o Raí me diga, eu tenho que sentir o jogador. A partir daí, sim, a gente faz o que acha que tem que fazer. Agora, o campeonato vem em jogos de domingo a domingo. A gente vai trabalhar em conjunto com o Mancini a partir de agora. Para fazer os ajustes que têm que ser feito. Quer com os jogadores daqui ou, se possível, com jogadores que sejam trazidos também."
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Indagado se os atletas perseguidos atualmente pelos torcedores ainda teriam condições de dar a volta por cima dentro do São Paulo, Cuca respondeu: "Esses jogadores vão poder mostrar a condição deles. Eu sempre escalo os melhores, não pelo nome, mas pelo que mostram. O Mancini já fez mudanças ontem (referindo-se ao clássico contra o Corinthians). O maior reforço que a gente tem de trazer hoje é a confiança do jogador, e o jogador se ajudar a recuperar essa confiança".
Quando a pergunta sobre contratações citou especificamente o nome de Alexandre Pato, frequentemente ventilado como possível reforço do clube, aí sim, Cuca foi direto: "O Pato, pelo que eu estava vendo as notícias, o Guangzhou (Evergrande) está interessado nele. Seria uma luta desigual. Não adianta alimentarmos ilusão. Vamos primeiro recuperar a autoestima e o bom futebol que todos aqui têm".