Na primeira entrevista desde que o resultado positivo de seu exame antidoping foi revelado - no dia 30 de outubro -, a ginasta Daiane dos Santos apresentou sua defesa nesta segunda-feira. Ela explicou que fez um tratamento estético e que não sabia que a substância utilizada para retirar gordura localizada era considerada doping.
Sem competir desde a Olimpíada de Pequim, em agosto do ano passado, por causa de duas cirurgias no joelho direito, Daiane foi flagrada em exame realizado em julho, que apontou a presença do diurético furosemida, uma substância considerada doping. Ela revelou que resolveu fazer o tratamento estético por não estar competindo.
"Nunca precisei usar nada", disse Daiane, na entrevista desta segunda-feira, lembrando que fez diversos exames durante a carreira, todos com resultado negativo. "Não menti para ninguém, nunca disse que não usei. Não é todo mundo que sabe quais são as substâncias proibidas. Foi ruim, não devia ter feito, mas não sabia."
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Daiane contou que a esteticista com quem fez o tratamento contra gordura localizada não lhe contou que a substância utilizada era considerada doping. Ela também afirmou que não esperava que fosse fazer exame antidoping, já que estava sem competir. "Fui desatenta", revelou a ginasta de 26 anos, que foi campeã mundial no solo em 2003.
Ainda sem condições físicas de voltar a competir, Daiane espera agora esclarecer essa situação. Ela tem até sexta-feira para apresentar sua defesa à Federação Internacional de Ginástica. E luta para escapar da punição por doping - pode chegar a dois anos. "Espero que eles levem tudo o que fiz até agora em consideração", avisou a ginasta.