O lateral-direito Daniel Alves reconhece que a seleção brasileira não é mais uma das melhores do mundo. Para ele, a falta de competições, como as Eliminatórias Sul-Americanas, que a equipe não disputa por sediar a próxima edição da Copa do Mundo, atrapalham a evolução. Além disso, a juventude de jogadores como o atacante Neymar e o meia Oscar levam o Brasil a oscilar. Por isso, de acordo com o jogador do Barcelona, a Copa das Confederações, em junho, será fundamental para a consolidação da equipe.
"Temos uma seleção que, por não competir, não vem podendo evoluir. Contamos também com jogadores muito jovens que atravessam um processo muito rápido e importante, e são eles que vão nos defender na Copa do Mundo. A ideia é aproveitar a Copa das Confederações para afirmar uma equipe e competir como tal. Ainda falta um ano e meio para a Copa do Mundo. Nesse tempo, precisamos fazer a equipe se encontrar de qualquer maneira", disse, em entrevista ao site oficial da Fifa.
Daniel Alves lembrou que por ser o país-sede da Copa do Mundo de 2014, o Brasil terá uma responsabilidade extra de não fazer uma campanha ruim em casa. "O Mundial não vai deixar de ser jogado se não nos encontrarmos. Com o que temos, precisamos ser responsáveis por todo um país. Queira ou não, é um peso, uma responsabilidade. O importante é que cada um olhe para si mesmo e saiba o quanto é importante defender esta camisa", afirmou.
Leia mais:
Leila promete boas-vindas a John Textor em meio a alfinetadas e tensão
São Paulo não prioriza atacante e só vai atender Zubeldía se vender atletas
Flamengo adia renovação de Pulgar, que aguarda valorização para ficar
Por que Flamengo e Corinthians não se entendem em negócio por Hugo Souza
A seleção brasileira trocou de técnico em novembro de 2012, com a demissão de Mano Menezes e a chegada de Luiz Felipe Scolari, que fez a sua estreia no amistoso contra a Inglaterra, no início do mês, em Wembley, vencido pelos mandantes por 2 a 1. Apesar do tropeço, Daniel Alves acredita que a chegada de Felipão fortalece a equipe, que passará a ser mais respeitada pelos adversários, principalmente por causa do currículo vitorioso do treinador, que venceu a Copa do Mundo de 2002.
"Esperamos que sirva para encontrar um ponto de equilíbrio, para que voltem a nos respeitar como seleção pelos jogadores e pela história que temos. Quem foi escolhido foi o último campeão do mundo, e isso quer dizer muitíssimo e exige respeito. Ganhar qualquer competição é difícil, ele conseguiu, e tomara que venha para contribuir com esse ponto de equilíbrio que talvez nos tenha faltado", comentou.
Atualmente, a seleção brasileira está apenas em 18º lugar no ranking da Fifa, a sua pior posição na história da lista. A equipe volta a entrar em campo em março, quando disputará amistosos contra a Itália, no dia 21, em Genebra, e contra a Rússia, no dia 25, em Londres.